28 de dez. de 2008

Pé na Bunda

Eu estava pensando seriamente em deixar questões pessoais de lado nesse blog (não só hoje, quem sabe até para sempre), e começar a falar sobre coisas mais superficiais, como o inevitável "o que eu fiz hoje" ou até sobre a minha atual vontade incontrolável de ir ao shopping gastar o dinheiro que eu ganhei de natal. Mas eu acho que essa minha idéia não vai dar muito certo não. Apesar de eu achar extremamente estranha a idéia de um desconhecido simplesmente vir aqui e ler sobre meus sentimentos, eu meio que gosto da idéia de um desconhecido simplesmente vir aqui e ler sobre meus sentimentos. E, se eu deixasse de lado meus problemas -por vezes simples neuras mas, em casos como hoje, problemas pisicológicos que deveriam ser resolvidos-, não sei bem o que seria deste blog, que é meio que minha válvula de escape - HAHA, válvula de escape.
Então, é o seguinte: hoje, meus amigos, estou um bocado nervosa. E a minha mãe também. Ela também está nervosa. Está nervosa porque seu celular perdeu a bateria bem na hora em que receberia uma ligação de sua chefe, e, mesmo hoje sendo domingo, mesmo hoje sendo o último domingo do ano, ela precisava ter atendido.
Já eu, estou nervosa porque, do mesmo jeito que, domingo passado, assistindo Fantástico, eu descobri que dar presentes a alguém faz o ser humano se sentir tão feliz quanto quando ele recebe presentes, eu me lembrei que dar o fora em alguém é quase tão ruim quanto receber um. E olha que eu tenho uma certa experiência em uma destas áreas. Já levei alguns foras, se você quer saber.
Mas, o negócio é que, nas três únicas vezes que eu dei o fora em alguém, o que eu senti depois não foi exatamente o esperado. Quer dizer, quem sabe foi o esperado. Mas foi o esperado com um quê a mais, um quê que eu nunca consegui exatamente descrever. Mas é um quê tão ruim, é um quê tão chato, é um quê tão pentelho, pentelho, pentelho. É como quando você lê um livro para uma criança dormir e ela nem ao menos fecha os olhos para tentar pegar no sono. É como quando você tenta fugir da saudade mas ela cisma em te atormentar. Mas é um sentimento de culpa que cisma em te atormentar. É um sentimento de como-você-é-burra,-meu-Deus,-em-uma-das-poucas-oportunidades-que-tem,-dispensa-o-cara-por-causa-de-um-mísero-detalhe que cisma em te atormentar. É um sentimento de viu,-agora-que-você-deu-um-fora-nele-o-mísero-detalhe-que-antes-te-incomodava-parece-nem-mais-existir que cisma em te atormentar. É um sentimento muito ruim, e muito irritante, que cisma em te atormentar.
Mas estou procurando uma razão que possa justificar minha irritação ultimamente, que pode ocorrer a qualquer hora do dia, e que pode ser causada por qualquer razão idiota na qual você consiga pensar. Não só o fato de dar foras não ser meu ponto forte pode contribuir, podem também outros, como o fato do meu pai ter comido o Bon Gouter de provolone que eu tinha comprado hoje de tarde no mercado ou o da minha mãe não ter entrado na piscina, também hoje de tarde, quando estava muito muito muito quente. Bem, vou ter que admitir, acho que estou passando por uma fase um tanto quanto negra em minha vida. HAHA, hoje estou cheia de lindas expressões. Mas bomm, estou passando por uma fase ruim. Uma fase nervosa. Estou me irritando com tudo, tudo, tudo. Estou virando uma pessoa anti-social. Estou com fome o tempo inteiro, e pareço um bebê chorão. E, além de todas essas maravilhas, acho que estou até ficando gaga. Mas, olha que amor, depois de escrever aqui no blog, na minha válvula de escape, como eu costumo dizer, eu estou me sentindo um pouco melhor.
Vou descer assistir Wall-E. Ah, e resoluções para 2009... essas vão vir em breve. Até que eu tenho bastantinhas! Com certeza agora já tenho mais uma; aprender a dar foras. Isso conta?!

7 de dez. de 2008

Hmm... Talento!?

Bem, não fiz nada de muito significante hoje. Comi miojo no almoço, furei o colchão inflável do meu irmão, derrubei um absorvente na patente e escrevi um texto deprimente no meu blog - não esse que estou escrevendo agora. Esse não é deprimente. Era outro. Era um texto falando sobre o quanto eu estava me sentindo mal, sobre o quanto eu não tinha talento, e no qual também constavam algumas resoluções para o ano de 2009, que - meu Deus você consegue acreditar? - está realmente quase chegando. Mas esse texto deprimente não estava apenas deprimente. Ele estava também extremamente mal-escrito, e, quando eu percebi isso, ele se tornou ainda mais deprimente, o que, bem, me obrigou a tirá-lo do blog.
Resolvi me distrair depois desse terrível acontecimento para não cair nas tentações da tristeza, ohh meu Deus eu sou tão inútil e sem talento, não sei mais o que fazer. Depois de passar algum tempo na frente da televisão, voltei ao computador, e, tentando arranjar algum site aonde eu pudesse hosperdar o meu livro, que está em PDF, para poder colocá-lo aqui (se alguém souber de algum site onde eu possa hospedar esta linda obra de arte, por favor me avise), acabei entrando no GeoCities. O que eu encontrei lá me fez mudar completamente de idéia sobre eu ser inútil e sem talento.
Encontrei arquivos que eu hospedava no GeoCities em 2005, e, apesar de me ter deparado com coisas um tanto quanto embaraçosas (hmmmmmm), também encontrei algumas que me deixaram meio que orgulhosa de mim mesma, como essas charmosas imagens de algumas das minhas antigas ídolas Hilary Duff e Lindsay Lohan que eu editei no Photoshop. Olhar essas imagens me lembrou da sexta série, da minha casa da França, do meu amor pelo Lars, de minha amiga Sabrina, que me acompanhou durante esta charmosa fase de minha vida; e de meus antigos blogs. A verdade é que eu passava mais tempo montando esses blogs, fazendo os templates (escrever essa palavra, não sei direito porque, me faz sentir um pouco idiota, quem sabe por ela ter sido excessivamente usada por mim quando eu tinha 11 anos, ou quem sabe por ela ser realmente meio engraçadinha mesmo. Infelizmente, eu não consigo mais evitar a escrita da palavra template neste ponto da história) e códigos html, do que escrevendo neles. E, meu Deus, como eu gostava de fazer isso. Eu passava noites inteiras fazendo isso (puts, no final das contas, quem sabe a palavra template poderia até ter evitado a adorável repetição da palavra isso que acabamos de presenciar).
Foi por isso que, enquanto olhava meus arquivos no GeoCities, me deu, de certa forma, muita saudade dessa época, e resolvi tentar desenhar com pixelart um cupcake, um bolinho muito muito muito legal que eu estou querendo cozinhar faz tempo, porém por preguiça falta de tempo, ainda não consegui fazer. Mostro agora para vocês o resultado, que, bem, não ficou maravilhoso, mas que será re-aperfeiçoado com o tempo, não sei direito para que fins. Quem sabe só para passar o tempo, afinal estou de férias, e a preguiça de ir ao mercado para comprar os ingredientes de um cupcake de verdade ainda está meio grandinha.

19 de nov. de 2008

AHHHHH :)

Não sei direito como eu posso explicar o que eu ando sentindo ultimamente.
Não sei também dizer se isso tudo está acontecendo só por causa da época do ano em que nos encontramos, agradável período onde tudo parece lindo e maravilhoso, onde começa a esfriar cada dia mais e mais, principalmente durante a noite nessa cidade idiota esquentar, brotam as flores e o ano escolar se aproxima do fim.
Mentira, sei sim.
A verdade é que meu livro foi escolhido. A verdade é que ontem, recebi 100 cópias dele, meu livro, publicado, lindo, com uma capa amarela e meu nome, também lindo, em vermelho.
Ontem foi uma noite linda, linda, linda. Não sei se posso dizer que foi a mais feliz da minha vida, mas que foi feliz, ah, isso foi. Domingo, para variar, tinha começado a esfriar, e segunda tive que vestir duas blusas de lã para ir para a escola. Mas ontem, não sei como exatamente, as nuvens foram embora, e o tempo melhorou. Ontem, o sol saiu. Ontem, não choveu. Tudo bem que, pela manhã, tive um ataque de nervos realmente desagradável, proporcionado por estranhas manchas em ambos lados de minha face, mas o negócio é que elas foram embora antes mesmo que eu chegasse na escola. O negócio é que tudo foi mesmo lindo. O negócio é que fazia tempo que eu não me sentia tão bem e tão especial. O negócio é que eu estou tão feliz que não consigo nem explicar.



O negócio é que, meu Deus, como esse ano passou rápido. Esses dias eu estava pensando justamente nisso, lendo o meu blog. Como o tempo passou rápido. Mas o que mais me fascinou foi o quanto eu mudei nesse aparentemente minúsculo intervalo de tempo. O quanto eu evoluí. Sinto até vergonha em ler alguns textos desse blog, sinto até vergonha em lembrar o quanto, há apenas 6 meses, eu queria ter um namorado; sinto até vergonha em ler os mais de 10 textos que escrevi aqui falando sobre o Felix, dizendo que não amava mais ele, mas que, não sabia direito por que, eu não conseguia de parar de pensar nele.
O que eu sinto é orgulho de olhar para mim agora, sinto orgulho em ver que eu estou bem comigo mesma, sozinha ou acompanhada, com Felix ou sem Felix. Sinto orgulho de mim mesma porque eu consegui escrever um livro, que tem só 60 páginas e tem alguns defeitos fora o fato da escola ter retirado todas as minhas palavras em itálico, fazendo com que algumas frases ficassem sem sentido. Mas que é o meu livro. O livro que eu escrevi. Os personagens que saíram da minha cabeça. E pensar em tudo isso me faz sentir muito, muito melhor do que ter um namorado jamais poderia.
Tá bom, quem sabe eu esteja exagerando um pouquinho. Tudo bem que não estou desesperada por um namorado, mas também não vou ficar desmerecendo esta idéia, que, bem, não é tão repugnante assim... Deixem, deixem eu exagerar. Deixem minha felicidade me cegar só um pouquinho :)

31 de out. de 2008

Para baixo do tapete

"Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento"; disse Clarice Lispector. Eu não quero ser irônica, mas vou admitir que, no começo, eu meio que não entendi o que ela quis dizer com isso.
Eu sei que, no post passado, eu parecia estar bem e estar entendendo tudo na minha vida, e mesmo para mim parecia, de verdade, que eu estava. Mas agora eu vejo que não. Não sei quem disse isso, mas sei que alguém disse que "quando a gente pensa que sabe todas as respostas, a vida vem e muda todas as perguntas", e, meu Deus, como isso é ruim.
Como é bom quando a gente entende as coisas, quando a gente sabe das coisas, quando temos controle sobre elas. Como é bom estar bem consigo mesmo, como é bom se aceitar, se entender. Mas então me dei conta: será que para estar bem consigo mesmo, para se aceitar, precisamos mesmo nos entender?
É difícil saber apreciar o não-entender. Mas, agora eu vejo, não é impossível. Não mesmo. Não é impossível conseguir ver o lado bom das coisas, não é impossível conseguir se adaptar a elas, mesmo quando não as entendemos. Não é impossível gostar de quando as coisas não vão como a gente as planeja. Não é impossível entender que tudo isso na verdade é a beleza da vida, é a simplicidade dela.
Não sei bem se o não-entender tem um nome. Não sei se pode ser chamado de ingenuidade, mas tenho certeza de que de ignorância não pode ser. É uma certa leveza, uma certa, ingenuidade sim, mas de um jeito diferente. É como o tempo: ele passa tão rápido... Pelo menos até a gente perceber que ele passou. Quando isso acontece e a gente se fascina com o fato do tempo ter passado rápido, é incrível; o tempo começa a passar devagar. É como se perceber, como se entender, fosse errado, como se não fosse nosso direito.
Quem sabe às vezes seja melhor deixarmos nossas dúvidas e preocupações de lado, quem sabe às vezes devamos simplesmente empurrá-las para baixo do tapete, para conseguirmos aproveitar um pouco a vida sem entender. Porque cada momento realmente é único na nossa vida, e que viver o presente é melhor do que lembrar do passado ou planejar o amanhã.
Se bem que, quem sabe, às vezes, lembrar do passado ou planejar o amanhã possam fazer parte do nosso hoje.
Ah, quer saber, eu não sei. Fiquei por um momento pensando que tudo fazia sentido, mas a verdade é que não. Mas não tem problema, não tem problema mesmo, eu não entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento.

7 de out. de 2008

It’s a beautiful day, don’t let it get away...

Eu não sei se alguém vai ao menos ler o que eu estou escrevendo agora, só sei que eu simplesmente me sinto no dever de pedir desculpas. Desculpas por ter demorado tanto para voltar, desculpas por não ter colocado meu livro no blog, desculpas por não ter escrito aqui durante esses dois meses nos quais, por incrível que pareça, eu estive tão bem. Não sei direito a razão para eu voltar hoje, assim, do nada. Acho que é porque vim da escola mais cedo hoje porque estou doente de novo, e, depois de assistir 4 horas de TV e ler todos os blogs que eu conheço no lap top da minha mãe, eu me lembrei da existência do meu blog, e resolvi dar uma atualizada. Lap tops, não sei direito explicar porque, fazem com que eu me sinta como uma espiã, principalmente este lap top da minha mãe, que é menor do que o meu caderno de matemática; e me dão também muita vontade de escrever, área onde o lap top da minha mãe também apresenta vantagens, afinal suas teclas fazem um barulho realmente muito legal. Então era isso. Vou escrever no meu blog.
Bom, eu voltei, então acho que eu devo parar de enrolar e falar logo o que aconteceu de tão extraordinário para eu ter passado tanto tempo sem escrever. Se bem que, olhando para trás, vejo que eu na verdade nunca preciso de razões muito extraordinárias para passar muito tempo sem escrever no meu blog. Mas vou dizer que quem sabe esses 2 meses foram uma excessão.
Meu Deus, tantas coisas aconteceram que eu não sei mesmo por onde começar... (cliché...) Tá bom, quem sabe a verdade seja que faz tanto tempo que eu não escrevo que eu já não consigo organizar minhas idéias do jeito que eu conseguia antes. Meu Deus, eu não posso deixar isso acontecer. Eu gosto tanto de escrever... Tinha esquecido o quanto me fazia bem, vir aqui e escrever um texto que me ajudasse a me sentir mais leve, e dois dias depois voltar e ler um comentário, com alguém falando sobre o quanto gostava do que eu escrevia, ou pedindo para que eu voltasse logo porque era ruim ficar sem ler meus textos. Acho que escrever é uma das únicas coisas que eu sei fazer direito, uma das únicas coisas pelas quais eu me interesso e me dedico. Eu não faço nenhum esporte (a camada de celulites na minhha bunda que eu descobri no verão passado já cresceu bastante e em breve estará atingindo minha perna). Eu não toco nenhum instrumento musical e, apesar de querer tocar piano, violão e bateria, nunca procurei nenhum lugar onde pudesse frequentar aulas. E, agora que eu estou pensando no assunto, fazia muito tempo que nem a escrever eu me dedicava. Meu Deus, e eu ainda dizia que fazia tempo que eu não escrevia porque tinha conseguido uma vida. Então ter uma vida é não me dedicar ao que eu gosto? Agora estou é me sentindo estúpida.
Ou então... Não tão estúpida assim, se você quer mesmo saber. Sabe, eu evoluo um pouco a cada mês, e mudo de pouquinho em pouquinho, querendo me tornar melhor. Às vezes eu fico feliz por coisas meio insignificantes, ou orgulhosa de mim mesma por uma mudança que, às vezes, nem ao menos minha mãe repara. E esses dois meses foram cheios de coisas assim. Foram dois meses de muitos pensamentos, foram dois meses comigo mesma, mas, ao mesmo tempo, com pessoas importantes, e acontecimentos importantes. Eu sei que parece ridículo, e que você vai pensar Uauu, quanta expectativa para isso quando ler o que eu vou dizer, mas bom, é isso.
Eu aceitei a realidade. Eu aceitei que eu moro no Brasil. Eu aceitei que eu não tenho um namorado. E eu estou bem com isso. Eu estou bem com isso. Eu sei que quem sabe eu me dei conta disso um pouco tarde, mas agora eu vejo que é verdade, o tempo cura tudo sim. Ou pelo menos ele cura muitas coisas. Muitos sentimentos e muitos machucados.
Ahh, estou me sentindo estúpida de novo. Eu nunca escrevi uma coisa tão pessoal aqui. Ou quem sabe eu já escrevi sim. Mas sempre sendo engraçadinha, sempre ofuscando as coisas com ironia, porque, agora eu vejo, esse é o meu jeito. Esse é o meu jeito de esconder meus sentimentos, porque a verdade é que eu sou sensível demais, e que ninguém gosta disso. Ou pelo menos ninguém nunca pareceu gostar disso. Mas eu venho me revoltando ultimamente, com essa coisa de ser engraçado. Porque é isso que tudo mundo quer, todo mundo quer ser engraçado, todo mundo quer atenção, e isso me encheu. Não é que eu tenha virado uma pessoa de mau humor, ou que eu não goste mais de rir ou de fazer gracinhas. Mas ultimamente eu estou tentando mostrar para as pessoas o meu outro lado. O lado que ninguém nunca pareceu gostar. O lado sensível.
É como Claire Colburn diz em Elizabethtown. Ela diz, em uma cena, que ela e Drew são pessoas substitutas. E eu comecei a pensar e percebi que eu era uma pessoa substituta também. Porque eu não tinha ninguém que me conhecia de verdade, eu não conseguia me abrir com ninguém. A verdade é que eu ainda não consigo. Eu estou é tentando. É difícil, mas assim eu vejo quem são as pessoas que se importam comigo de verdade.
Porque, sabe quando você conhece uma pessoa pela primeira vez? Existe um certo sentimento, um certo respeito, que vai se perdendo com o passar do tempo. Com o tempo chega a intimidade, sabe, e as pessoas deixam de se respeitar. Eu tinha medo disso. Eu tinha medo da intimidade. Medo de que as pessoas não me respeitassem mais, que elas entrassem no meu mundo e bagunçassem tudo, ou até que não gostassem do que encontrariam nele. Mas eu mudei de opinião. E, junto com ela, tudo pareceu mudar. Estou conseguindo me abrir mais com as pessoas, e mostrá-las meus dois lados. Estou aproveitando mais minha vida, saindo de casa todas as vezes possíveis e comendo sempre que tenho vontade, ignorando celulites e pais falando sobre como eu vou sofrer quando tiver 70 anos. Estou experimentando coisas novas, jeitos novos, músicas novas, cores novas, sentimentos novos. Estou deixando, de certa forma, uma parte de mim para trás. Isso me encomoda, mas ao mesmo tempo, me deixa feliz, e com cada vez mais vontade de mudar as coisas, pela primeira vez em mim, e não nos outros. Acho que é por isso que fazia tanto tempo que eu não escrevia. E acho que é por isso que eu escrevi tanto hoje.
PS: Será que foi notado o fato de eu não ter mencionado alguém hoje?
PPS: Voltarei logo, porque eu ainda tenho muito mais coisas para contar...

27 de ago. de 2008

Eu já volto. Eu sei que parece estranho, mas acho que é isso sim: eu arranjei uma vida :)

17 de jul. de 2008

Meu Cachorrinho Fofinho & Peludinho

Eu sei que faz algum tempo que eu não escrevo nada, e não tenho nenhuma desculpa legal como arranjei uma vida e não tive mais tempo para postar no meu blog para vos dar.
A verdade é que eu até consegui passar a minha primeira semana de férias longe do computador. Saí com meu irmão, fui ao museu com a minha avó, fui à Casa Cor com a minha avó, dormi na casa da minha avó, ganhei bolsas dos anos 60 de presente da minha avó, fui no mercado com a minha avó e vi uma amiga que não tinha visto faz tempo. Não é que eu queria dar um tempo para a minha avó essa semana, acho que era eu é que estava querendo ter um tempo. Não só dela, mas acho que das pessoas em geral. (Tá bom, quem sabe fosse mesmo dela.) É por isso que essa semana está sendo mais calma- dormir às 3h, acordar às 14h e passar o dia no computador, essa é a boa vida.
Mas acho que devo dizer que a razão pela qual, mesmo eu passando meus dias no computador ultimamente, ainda não havia nenhum texto escrito no mês de julho nesse blog em pleno dia 17 não tem nada a ver com eu tendo passado uma grande parte do meu tempo no Orkut/Facebook. Isso porque, lindos leitores, eu estou escrevendo um livro. Haha, idiota, vocês devem estar pensando, e eu também pensaria isso se não soubesse da história inteira.
Todos os anos, minha escola organiza um concurso literário. Todos os alunos, até mesmo os que têm 5 anos e escrevem sobre seus cachorros e sobre como eles são fofinhos e peludinhos (o que rima e dá todo um charme a seus poemas), podem participar escrevendo histórias, poemas e (não sei se foi sempre assim ou se é novidade esse ano) livros. As melhores histórias e poemas são publicadas em livros, junto com as outras histórias e poemas da escola, e cada aluno cuja história ou poema foi selecionado recebe 10 cópias, para que ele possa se mostrar para quem ele quiser dizendo que ele teve sua história ou poema publicado em um livro (mesmo se sua história ou poema era idiota e envolvia um cachorro fofinho e peludinho).
Com os livros é diferente. Só é publicado um livro por série, e se a sua história for selecionada, eles publicam seu livro e te dão cinqüenta cópias dele, o que é claro faz com que você possa se mostrar com mais facilidade e com mais motivo, afinal eles terão publicado o seu livro, e não o seu poema idiota sobre seu cachorro fofinho e peludinho.
Bem, até agora eu só escrevi 8 páginas, mas, segundo meu pai, minha mãe, meu irmão, meus avós, uma freira amiga da minha avó, a faxineira e alguns amigos; a história está ficando legal. Vamos esperar que, ao dizer isso, eles não estejam apenas puxando o meu saco.

27 de jun. de 2008

Am I A Hurricane?!

Ned: "A minute’s a long time: a lot can happen in a minute. Besides, the longer someone’s around that’s not supposed to be around, the more likely that something will happen. Not necessarily directly or by any fault of theirs, but y’know, butterfly wings and such."

Chuck: "What about them?"

Ned: "They cause hurricanes."

Chuck: "Oh, right."




Eu ia começar a escrever hoje falando sobre a Chuck e o Ned. Falando sobre como, em um episódio, ela ficava feliz em descobrir que, como qualquer outro casal, ela e Ned tinham problemas bobos, e como isso meio que fazia ela esquecer do problema maior, o problema envolvendo a impossibilidade deles se tocarem. Isso me fez, como qualquer outra coisa que me acontece nessa vida, pensar no Felix.
Foi então que resolvi que iria mudar o começo de meu texto, mas agora que comecei a falar sobre isso acho que não poderei mais ser detida. Aqui vou eu.
Quando namorávamos, eu e F. não tínhamos muitos problemas. Não que eu me lembre. E eu tenho memória boa. Não sei se era porque fingíamos ou porque éramos apaixonados demais para ver qualquer defeito que fosse um no outro, só sei que o nosso único problema era justamente que não podíamos nos tocar. Eu podia passar horas olhando para ele na webcam, pensando no quanto eu queria estar deitada no colo dele enquanto ele me mostrava a nova música que tinha composto em sua guitarra. Era como se estivéssemos lado a lado, mas a verdade era que tinha um oceano nos separando. A verdade é que tinha um oceano de dez mil quilômetros nos separando.
Eu lhe contava meus dias nos mínimos detalhes e ele adorava tudo que eu dizia, ou pelo menos assim parecia. En-MEU DEUS, eu preciso parar de falar nesse menino. Alguém me detenha, assim não dá mais. Quero me convencer de que eu só finjo que tudo era perfeito quando namorávamos, mas tudo era perfeito sim. São memórias tão boas que eu não consigo deixá-las para trás. E isso acaba me prejudicando, fazendo que eu não possa viver, viver para poder, no futuro, ter memórias boas que não envolvam o Felix ou minha vida na França. Alguns podem interpretar esta minha mini-crise como é simples, você ainda é apaixonada por ele, mas eu não sou. Juro.
Eu estava pensando hoje, enquanto comia um (ou quem sabe quatro) pedaço de bolo e tomava três quartos da garrafa de leite, no quanto as coisas melhoraram de três semanas para cá. Então me dei conta de que, mesmo assim, eu não escrevo muito sobre o presente aqui nesse blog. Dizendo presente eu quero dizer que eu nunca escrevo sobre um livro legal que eu esteja lendo, ou sobre como eu, do nada, comecei a gostar de Michael Jackson (mesmo continuando tendo medo dele), ou até, vejam só, sobre como a minha vida melhorou de três semanas para cá. Sobre o PORQUE da minha vida ter melhorado de três semanas para cá, sobre como estou animada para a semana que vem, sobre as listas-de-coisas-a-fazer-antes-dos-trinta-e-um que eu comecei a fazer esses dias ou sobre os pesadelos que ando tendo sobre Hitler.
E aqui estou eu, à meia noite, escrevendo nesse blog ao som de - é isso aí - Michael Jackson, em vez de estar assistindo a reprise de Pushing Daisies, ou de estar fazendo algo mais educativo como pesquisando sobre o aquecimento global para a redação de português, inventando mais revoluções que provavelmente não vão se realizar, mas querendo fortemente que isso mude.
SENHORAS E SENHORES,
A partir da meia-noite do dia 27/06/08, Giovana Feix está proibida de escrever qualquer coisa que tenha a ver com seu ex-namorado sueco, mesmo ele tendo sido muito importante para ela durante os 9 meses em que namoraram. Se, depois dessa data, o nome deste menino for citado neste blog, Giovana se auto-humilhará postando textos sobre sua primeira paixão escritos quando ela tinha 11 anos.
Obrigada pela compreensão.
Giovana Feix.

Agora vocês podem todos rever o vídeo do começo para esquecer das minhas neuras idiotas. Ou quem sabe das neuras de vocês. O efeito, eu prometo, será imediato. Principalmente se você assistí-lo várias vezes seguidas.

22 de jun. de 2008

Party Time

Ontem, uma hora da manhã:
"Eu consegui. Fazer uma coisa diferente.
Quem sabe não tão diferente assim, mas pelo menos um bocado diferente do que fiz no fim de semana passado. Que quem sabe não seja assim tão comparável, afinal eu estava doente e tive de passar dois dias extremamente desagradáveis de cama. A verdade é que eu tive de passar 5 dias de cama, mas os outros dias não podem contar como desagradáveis, afinal eram dias de semana e isso muda a situação completamente. Saber, ao ver que são 15h38 no rádio-relógio ao lado da cama, que enquanto minha professora de matemática fala sobre Bháskara e raízes de delta eu estou assistindo TV torna os episódios repetidos e quintos-filmes-assistidos-no-dia coisas não tão terríveis assim, se você está conseguindo acompanhar meu raciocínio.
Mas bom, eu estou querendo chegar é no ponto em que eu falo sobre o que eu fiz, afinal dois parágrafos já se foram e aqui estou eu, fazendo o que mais me faz sentir útil nesta vida; escrevendo textos enrolados e com detalhes desnecessários. Não posso me conter de parar um pouquinho de duas em duas frases para descascar o esmalte vermelho de minhas unhas das mãos. Aliás, se tem uma coisa que, contrariamente a escrever textos enrolados e com detalhes desnecessários, me faz sentir burra e inútil é pintar minhas unhas. Como diria o meu pai, como pode uma menina que fala 4 línguas e só tira 10 em matemática ter um quarto tão bagunçado? não ter capacidade de pintar as próprias unhas sem que uma grande parte dos dedos seja pintada também? É... complicado, eu diria.
O fato é que ainda não cheguei ao ponto em que queria. E que criei uma grande expectativa para algo, bem, não-tão-expectatível-assim. É que hoje, meus lindos leitores, depois de ter ganho inúmeras prendas na pescaria na minha festa de São João escolar, botei uma roupa legal e fui para uma festa. Onde não tinha pescaria. Nem prendas.
Antes de hoje, se alguém me perguntasse se eu gostava de festas (o que não é uma pergunta muito comum, acabo de me dar conta), eu diria que sim. Eu diria que ah, meu amigo, eu amo festas. Mas hoje me dei conta de que, por uma razão que procuro um dia saber explicar, ir a festas perdeu um pouco a graça para mim.
Quem sabe seja porque eu mudei. Quem sabe seja porque nunca sou convidada para nenhuma, e que quando tem alguma festa eu crio uma expectativa tão grande que acabo me decepcionando. Mas eu acho mesmo que é porque eu meio que vivo com o 'fantasma' da primeira festa para qual fui convidada.
Eu tinha 12 anos e era meio loser na minha escola, até o dia em que a professora de inglês me separou de minhas amigas. Ela era uma das únicas que nos obrigava a sentar em lugares que ela escolhia, e me botou ao lado de uma menina alemã chamada Florentine. Ela era linda, tinha roupas lindas e sempre era convidada para festas, que deviam com certeza ser lindas também. Nós começamos a conversar de vez em quando, e acabamos, bem, não nos tornando grandes amigas, mas tendo um papinho legal até. Um dos nossos assuntos predominantes era um menino da sala dela, um menino que eu não conhecia direito, mas que era meio que minha paixão platônica. Eu expliquei para ela como ele era e ela me disse que ele se chamava Felix. A gente nunca tinha se falado e eu sempre ficava idiota quando tinha que falar com ele, como quando Florentine me obrigava e... bem, essa na verdade essas eram as nossas únicas... 'conversas'.
Um dia, em novembro, ela abriu sua agenda e rasgou um pedacinho de papel. Nele escreveu alguma coisa, e me entregou depois. Deu uma piscadinha e me disse 'O Felix vai estar lá'. No papel estavam o nome completo de Florentine, seu endereço e um horário. Ela estava me convidando para sua festa. Eu não sabia direito como reagir, então agradeci e guardei o bilhete na minha mochila. Guardei o bilhete preciosamente na minha mochila.
Eu sabia que nunca teria chances com Felix, então evitava pensar nele. E Florentine era a única pessoa com a qual eu falava dele na verdade. Eu estava tentando esquecê-lo, e um menino sentado à minha frente na aula de matemática estava me ajudando. Ele se chamava Alex(ander), e foi o meu primeiro namorado. Não que tenha durado muito, e que eu tenha mesmo esquecido o Felix namorando com ele, mas foi um namoro cheio de acontecimentos; o primeiro selinho, o primeiro beijo, a primeira pessoa com quem andei de mãos-dadas, e a primeira pessoa com quem eu tive de terminar, o que na verdade teve que ser feito apenas três semanas depois de começar.
Eu gostava dele. Ele tinha sardinhas e olhos azuis profundos, e sempre falava alguma coisa filosófica quando saíamos, como por que as pessoas correm na chuva? Elas acabam se molhando do mesmo jeito, porque recebem mais gotas com mais velocidade. Eu nunca parava para pensar se as coisas que ele dizia eram verdade, mas eu achava engraçadinho ele as dizer.
Ele também gostava de mim. E, um dia, disse que me amava. Foi aí que eu senti tudo desmoronar. Meu Deus, eu não posso namorar esse menino. Eu ainda era apaixonada por Felix, e namorar Alex era a coisa mais ridícula a se fazer. Eu tinha que terminar com ele, o mais rápido possível. Mas eu não conseguia. Era muito difícil. Comecei a evitar ele, e foi nessa época (nessa semana, na verdade) que a festa de Florentine se passou.
Eu estava de castigo, na verdade, por uma outra coisa idiota que tinha feito, e minha mãe me prometera que eu não sairia de casa por mais de 2 meses. Mas ela tem coração-mole, e acabou me deixando ir, afinal eu nunca tinha sido convidada para uma festa mesmo, e se eu não fosse seria um ponto a menos para mim. Não sei se foi porque eu não tinha roupas de festa, porque eu não sabia se tinha de ir muito arrumada ou não, ou porque fui direto da corrida de bicicleta do meu pai para o shopping e do shopping para a festa, mas quando eu cheguei lá, me senti um pouco... diferente das outras pessoas. Meu cabelo estava preso num rabo, eu estava sem maquiagem nenhuma e vestindo uma roupa-de-todos-os-dias. Não que todo mundo tenha parado para me olhar ou nada assim, mas eu me sentia meio deslocada do mesmo jeito. Tinham várias latinhas de energético lá, e, sem saber direito o que era, bebi duas sozinha. Fiquei um pouco animada demais, e comecei a dançar e gritar e cantar todas as músicas. As pessoas já estavam me olhando torto, nunca tinham me reparado na escola, e não sabiam o que eu estava fazendo ali exatamente. Foi aí que começou a tocar uma música lenta. Quem sabe alguém tenha posto por querer, para eu parar de dançar. Eu só sei que, sem nem perceber (HAHA aham, sem nem perceber), eu comecei a dançar com o Felix. Abraçada nele. Sentindo o cheiro dele. Eu estava dançando com ele.
O fato dele ser duas cabeças mais alto que eu não fazia a mínima importância, a gente encaixava direitinho. Eu sei que parece meio cliché mas, era como se tivéssemos sido feitos um para o outro. O cheiro dele era tão bom, e fazia com que eu me sentisse segura, mesmo se eu nunca tinha sequer ouvido o som de sua voz. Depois que acabou a primeira música lenta, começou outra, que também era lenta, e a gente não se largou. A gente nem olhou para cima na verdade, só continuamos ali. Os amigos dele começaram a fazer piadinhas e a falar para ele pegar na minha bunda, mas ele não achou graça e continuou ali, dançando comigo, com a menina estranha da festa. Eu não conseguia acreditar. Foi um dos momentos mais importantes da minha vida, e eu estou falando sério. É aquele tipo de momento que relembrar me deixa feliz e me faz sentir importante, do qual não quero nunca me esquecer.
Depois que as músicas lentas acabaram, eu e Felix nos separamos. Eu fiquei meio desorientada e ele foi falar com seus amigos. Foi aí que, do nada, várias meninas vieram falar comigo. "Meu Deus, você tem que ficar com ele!", "Vocês são o casal perfeito!" foram algumas das poucas frases que eu conseguira entender, afinal elas falavam em um francês rápido demais para mim e estavam falando todas ao mesmo tempo. Eu não sabia o que dizer. Eu estava namorando o Alex. Mas era o Felix, pelo amor de Deus. Era aquele menino dos meus sonhos, aquele no qual eu pensava antes de dormir, e, nossa, eu tinha dançado com ele. E se aquelas meninas estavam me dizendo todas aquelas coisas, devia ser verdade. Sem saber direito o que eu estava fazendo, comecei a olhar para ele, do outro lado da sala. E ele olhava para mim. Estávamos os dois super agitados, bebendo mais e mais latinhas de energético.
Começaram músicas animadas. Bem animadas. Ou então era eu que estava animada demais. Eu e Felix começamos a dançar e gritar juntos, e eu nunca me diverti tanto. Formamos uma roda e chutávamos para o centro, pulando, e eu ria, olhando para ele, que estava do outro lado. Pulávamos com nossos braços para cima cantando músicas erradas um na frente do outro, e fazíamos solos de air guitar maravilhosos. As pessoas começaram a cantar com a gente, e eu nunca tinha me sentido tão especial. Eu ainda me lembro da roupa que ele estava usando esse dia, e em como, quando eu o perdia de vista, era fácil encontrá-lo, aquele menino alto-demais vestindo uma camisa pólo listrada. Ao final da festa, enquanto eu tentava acreditar no que tinha acontecido, ele perguntava a seus amigos, 'quem é essa menina?!'.
Depois dessa festa, terminei com Alex. Dois meses depois, comecei a namorar com Felix. Muitas festas passaram desde então, mas nenhuma conseguiu superar a de Florentine. Não foi por falta de Felix, afinal ele esteve presente em muitas outras; muito menos de energético. A verdade é que eu não sei explicar o porque exatamente de eu sempre sair de uma festa pensando no quanto eu me divertira mais naquela outra. Naquela outra."

18 de jun. de 2008

Parce Qu'On Sait Jamais

Eu sei, parece inacreditável, mas eu cansei de verdade de viver a vida desse jeito. Perdeu a graça. Não consigo passar mais de uma hora no computador, e não é porque não recebo nenhum recado no orkut. Tá bom, quem sabe não seja porque eu não recebo nenhum recado no orkut. A verdade é que eu, finalmente, me dei conta que eu tenho uma vida para viver, e que ficar presa aqui dentro de casa não serve para nada. Me dei conta de que eu posso sair e fazer os curso de teatro, italiano, violão, piano, fotografia, espanhol, russo e sueco que eu estava querendo tanto. Ou pelo menos eu posso fazer um desses. O que eu quero dizer é que os dias onde eu apenas ia para a escola e voltava, achando ruim quando tinha de ir à aula de inglês, estão acabados. E me recuso a dizer "espero". Eu vou fazer isso acabar. Quem sabe essa minha pequena onda revolucionária seja porque tudo parece estar dando bem no momento, ou quem sabe eu esteja me sentindo tão bem nesse momento por causa dessa pequena onda revolucionária.
Mas eu vou fazer de tudo para que ela não vá embora.
PS: Eu sei que o texto ficou todo curtinho e chatinho, mas era porque, bem, eu não tinha muita coisa para contar. Ou quem sabe seja porque eu estava evitando falar sobre o Felix.
PPS: Falando nisso, devo deixar bem claro que faz muito tempo que não penso nele, e que pretendo em breve esquecê-lo por completo. O método ainda não foi descoberto, e ajudas são aceitas.
PPPS: Para a felicidade da nação, começarei desde este momento a escrever com mais freqüência. O que, quem sabe vai fazer com que eu faça tarefas escolares com menos freqüência, mas será que alguém liga?!

16 de jun. de 2008

"Hey Claire, don't leave, stay, let's have breakfast!"


4 de jun. de 2008


Entro agora naquela inevitável parte do ano em que o mundo parece querer se vingar de mim. Naquela parte do ano em que tudo parece querer me mostrar que, não, Giovana, não adianta você fingir que está tudo bem, você está sozinha. Mais uma vez.
O negócio é que, esse ano em especial, o dia dos Namorados está conseguindo me fazer sentir ainda pior. E não é porque está frio, porque eu estou com espinhas excessivamente grandes em ambos lados de minha face ou porque amanhã será o último episódio de Pushing Daisies. É por causa do arrependimento. É por causa de um grande arrependimento.
Ano passado, nessa mesma época do ano, eu tinha recém chegado ao Brasil. Era a época em que eu passava meus dias falando com o Felix no msn, escrevendo cartas para o Felix, chorando porque queria estar com o Felix, contando histórias do Felix para a minha mãe para que ela se desse conta do quanto ela tinha estragado a minha vida por ter me obrigado a me mudar, ou dormindo. Ahh, essa era a melhor parte do dia; a noite. Era aí que eu podia me esquecer de todos os meus terríveis problemas e sonhar. Com o Felix, é claro.
Eu me lembro do que eu lhe escrevia nas cartas, em especial na carta que eu lhe mandei em junho, mês dos namorados.
"É tão horrível viver sem você, meu amor. Todos os dias tenho que almoçar com meu pai e meu irmão, e vamos sempre no mesmo restaurante. Sinto falta de quando eu e você almoçávamos juntos, e em que entrávamos no msn correndo todos os dias depois da aula para podermos nos ver enquanto nos falávamos no telefone. Agora aqui no Brasil é dia dos Namorados (eu sei, que idiota, estamos em junho), e eu estou me sentindo tão mal. Queria que você estivesse aqui e que a gente pudesse comemorar esse dia juntos. Queria poder te mostrar minha cidade e te levar no meu restaurante preferido. Queria poder te abraçar e beijar aquela sua pintinha no pescoço. Mas não. Não sei quando a minha mãe vai me deixar ir te ver, mas eu não aguento mais esperar. Estou morrendo de saudades. Te amo pra sempre. "


Meu Deus, como pensar nisso me faz sentir horrível. Eu vi o Felix. 10 dias atrás eu estava com ele. Bem, não exatamente com ele, mas estávamos no mesmo país. E eu tive a capacidade de ter medo de me aproximar.
Eu sei, eu sei, "se não foi é porque não era para ser", mas meu Deus. Nós já tínhamos sido tão íntimos e apaixonados um dia, e agora nos vimos e ficamos como dois idiotas, cada um do seu lado, com medo de fazer alguma coisa.
Enquanto eu estive lá, fui para a escola todos os dias com minha amiga. E, quando estávamos na mesma sala, eu e o Felix sentávamos cada um em um canto. Eu olhava para ele de vez em quando, e às vezes nossos olhares se cruzavam. A gente dava uma risadinha e já olhava para outro lugar, fingia ter alguma coisa para dizer à pessoa sentada ao nosso lado ou ter um súbito interesse no que o professor estava explicando. Quando estávamos em uma roda de amigos, sempre ríamos das piadinhas-sem-graça um do outro, e a lista de atitudes-idiotas-de-pessoas-apaixonadas continua.
Quem sabe se eu tivesse ficado lá um dia a mais, teria ficado com ele. Quem sabe eu vá passar o resto da minha vida pensando "e se...". Quem sabe um dia a gente vá se ver de novo. Quem sabe não.
Quem sabe eu deva então simplesmente continuar minha vida, e aprender a viver com tantos quem sabes.

11 de mai. de 2008

Amanhã estou indo para a França, voltarei dia 27, contente e com histórias interessantes para contar, afinal vou ver pessoas importantes cujos nomes começam com F e pelos quais não estou mais apaixonada. Acho. I'LL BE BACK :)

25 de abr. de 2008

Traumas de Infância

Ouçam a música VALERIE, da Amy Winehouse (presente ali do lado para facilitar a vida de todos OBVIAMENTE), e SORRIAM, caros leitores, pois estou de volta!
Deviam ser umas sete da manhã quando vi que minha mãe já tinha ido embora. Eu tinha acordado (certamente não para sair e dar caminhadas pelo condomínio) porque, como sempre, uma de minhas meias tinha caído do meu pé, o que proporcionou aos meus lindos pés-tamanho-trinta-e-seis-com-unhas-pintadas-de-laranja um frio não-tão-agradável-assim e um acordar não-agradável-de-todo às sete e meia da manhã.
Não sei por que eu gosto tanto de dormir. Até os 9 anos, época em que eu finalmente parei de [cochichando]fazer xixi na cama[/cochichando], a hora de acordar era a parte mais horrível do dia. E não era porque era cedo demais, ou porque estava muito frio, o que agora fazem do meu acordar a parte mais horrível dos meus dias. Era porque todo dia, todo dia, eu acordava, hmm... molhada. Meu pai nunca gostou dessa história e achava que era eu que tinha preguiça de levantar de madrugada e ir ao banheiro. Ele brigava muito comigo todos os dias de manhã, seus argumentos sendo "A empregada não pode lavar seus lençóis todos os dias, ela tem outras coisas para fazer" ou "Todas as cobertas da casa já estão fedendo xixi! O que mais você quer, menina?!". É claro que, aos seis anos de idade, não tinha nada que eu pudesse fazer. Na verdade, acho que mesmo se fosse agora, ainda não teria nada que eu pudesse fazer. Não era minha culpa. Eu juro. Até os seis anos de idade, eu dormia de fralda, e sonhava de noite com as coisas mais horríveis e constrangedoras, meu sonho-principal-e-mais-sonhado-de-todos sendo aquele aonde eu acordava e ia para a escola de fralda, o que rendia muitas risadinhas de meus colegas e principalmente dele: Daniel, minha primeira paixão. Tínhamos muitos problemas, o principal sendo o fato dele torcer para o Coxa e eu para o Atlético, e um dos muitos outros sendo a outra namorada dele, a quem ele preferia claramente, eu lembro direitinho, ela se chamava Aline e se achava claramente superior a mim, só porque ela também torcia para o Coxa e que isso fazia com que eles tivessem tudo-a-ver.
As fraldas foram abandonadas, junto com os sonhos traumatizantes, mas não porque eu tinha aprendido a controlar a bexiga. Meu pai estava tentando uma nova técnica: tirando a fralda, eu não estaria tão *confiante* para fazer xixi, portanto, obviamente, não faria. Meu pai já tinha tentado de tudo: homeopatia, fitas para ouvir antes de dormir, plástico forrando o colchão, mas nada, nada adiantava.
Um dia, quando eu já morava na França e já não tinha mais esperanças de um dia ser uma pessoa normal que não fazia xixi na cama, acordei seca. Não era uma coisa muito.. bem, comum para mim, mas eu não pensava que no outro dia, quando acordaria, estaria seca de novo. Mas eu estava. Foi então que percebi que tinha alguma coisa muito estranha acontecendo. Na verdade percebi era que uma coisa muito legal estava acontecendo. Eu mal consegui acreditar quando, no dia seguinte, acordei seca de novo. Saía gritando pela casa "MÃE! FAZEM TRÊS DIAS QUE ESTOU SEQUINHA MÃE, TRÊS DIAS! SOU UMA MENINA GRANDE!".
Quando era oficial que Giovana não fazia mais xixi na cama, a família inteira ficou sabendo. Meus dois avôs, que também tiveram esse problema na infância, ficaram muito orgulhosos de mim e a procura por uma solução para o meu problema deixou de ser o assunto principal da minha família. Eu não acordaria mais de manhã tão desesperada e com medo do que meu pai diria ao ver que eu tinha feito xixi de novo a ponto de rezar para que Jesus, de algum jeito, fizesse com que meu xixi evaporasse. E, meu Deus, como isso me fazia sentir bem.

17 de abr. de 2008

"good days, bad days, I've had a few of those.
same old story -I know how this song goes.
at least I did, but now I'm not so sure,
nothing's in its place, nothing's certain anymore...
birds fly, trees sway, why can't I be like that?
happy knowing what I am in fact
(...)

and the world is a place, and they say it's on our side,
but I wonder, is there comfort in those moments when we die?
now I see, mr king, it was in the books you gave me,
which I read, disbelieving, thinking poets are depressed...
oh, Mr. King, I have changed, I confess.

oh, those good days I remember well,
tape on windows, wintertime was hell,
but it was fun, and people there were kind,
there was good work to be done, and I learnt to think my time.

and the world was a good place, and in days were where I lived,
I imagined life had purpose and I'd something good to give,
mr cave played along on the battered hallway piano,
oh, every love song a secret to be shared,
hey, mr king, how I wish I was back there...

now, I've got 10 things lined up on a shelf,
reasons to be cheerful for myself,
I don't know why you're showing me the sky,
you say you see heaven,
I see hell, but want to try.

and the world is a place, and I pray it's on my side,
but I'd find greater comfort if I just lay down and died,
I don't know what's become of the girl who once knew sunshine,
what's become of the girl who knew sorrow but was strong?
hey, mr king, you were right all along,
mr king you were right,
oh, mr king, you were right...

I was wrong."


mr king - nerina pallot

http://www.mooo.blogger.com.br
divirtam-se lendo este super blog enquanto eu fico aqui pensando em um jeito de explicar o quanto minha vida está confusa.

6 de abr. de 2008

Margarina Light Sucks!

Eu estou numa praça, sentada em um banco, olhando a meu redor, examinando as pessoas e querendo ser como elas em vez de simplesmente ser eu mesma e viver a minha vida. Quem sabe porque eu cansei de mim mesma. Ou quem sabe porque eu não sei quem eu sou.
Me sinto horrível, como se não estivesse aproveitando minha vida ao máximo, afinal essa história de eu estar sentada em um banco de praça nem é verdade, eu passo todo o meu tempo livre no computador. Obviamente não escrevendo no meu blog. Eu passo meu tempo é fuçando a vida de outras pessoas, seja no Orkut ou no Facebook, olhando as fotos delas, o que elas escrevem em seus perfis e em quais comunidades elas entram, e pensando coisas como "nossa, eu queria tanto ser assim" ou, aplicando algumas de minhas atuais manias, "nossa, meu sonho é ser assim" e "ser assim seria a coisa mais legal da minha vida".
Minhas únicas saídas de casa ultimamente (fora a escola, obviamente) são para almoçar ou para visitar meu pai no hospital (ah é, ainda não falei nada sobre isso por aqui, mas sábado passado meu pai foi atropelado... pela segunda vez em cinco meses), mas eu pareço nunca ter tempo para fazer nada. Ando passando tempo demais na internet pensando. Isso é muito ruim. Eu fico pensando sobre o quanto eu quero me inscrever num curso de teatro, mas nem pesquisar no Google um lugar onde eu possa ir eu pesquiso. Eu fico pensando sobre meu pai no hospital e, em vez de sentir pena dele, eu sinto pena de mim. Eu fico pensando "que bosta, tudo dá errado para mim, meu pai está no hospital e minha família está cheia de problemas", em vez de ajudar eles com coisas burras e idiotas como tirar essa mosca morta de cima da minha escrivaninha (que só está ali faz uma semana porque eu a deixei depois de matá-la, sabe, só para ver se a faxineira limpa mesmo a minha mesa. Agora está dermatologicamente provado que ela não limpa, então nunca mais terei que ouvir minha mãe brigando comigo e dizendo coisas do tipo "meu Deus menina, como você consegue sujar sua mesa tão rápido? A Alessandra é paga para limpar, mas você não é para para sujá-la"). Eu fico pensando em como eu quero ter um namorado, mas sempre que eu me aproximo de algum menino que tenha, assim, alguma chance comigo, eu fico extremamente idiota, e começo a pensar que aquela história de eu não conseguir fazer uma boa primeira-impressão é idiotice, que a verdade é que eu não consigo é fazer nenhuma boa-impressão. Eu fico pensando no quanto eu queria ter uma pessoa a quem contar tudo, mas quando a minha mãe me diz que vai me levar numa psicóloga, eu penso que seria muito exagerado e que todas as outras meninas da minha idade devem estar assim cheias de dúvidas na cabeça. Mas a verdade é que eu não estou assim cheia de dúvidas na cabeça, eu consigo entender as coisas sozinha. Acho que o que eu ando precisando é alguém que simplesmente me ouça, assim como era o... bem, deixa pra lá.
Hoje era aniversário dele, e eu, idiota, em vez de deixar um recado no Facebook dele, em vez de escrever alguma coisa para mostrar a ele o quanto eu sou legal e quantos momentos de extrema felicidade ele está perdendo por ter sido tão-idiota-ao-ponto-de-me-fazer-terminar-com-ele, não falei nada. Nem um "Feliz Aniversário", muito menos um "Feliz Aniversário, Felix". Nem queira pensar em um "Feliz Aniversário, Felix, Tudo De Bom Para Você". Quem sabe porque eu fiquei com medo. Ou quem sabe porque eu já estava nesse dilema faz um mês, e que hoje passei o dia inteiro pensando e pensando, para no final não dizer nada e me sentir assim, tão malvada e culpada, sendo que ele só me deu Feliz Natal quando já era dia 28 de dezembro e que, logicamente eu ainda tenho 3 dias para lhe dizer Feliz Aniversário. Meu Deus, eu preciso parar de falar disso.

FATOS ALEATÓRIOS
  1. Estou com uma espinha gigante no exato ponto meridional da minha testa, que está me encomodando um bocado e a qual eu não consigo parar de cutucar.
  2. Hoje tive que comer torrada com margarina light, e isso não me encomodava mesmo, até o ponto em que percebi que ela NÃO ESTAVA DERRETENDO NA MINHA TORRADA, e que mesmo ela sendo light estou com dor de barriga após ter comido apenas QUATRO TORRADAS.
  3. Eu já esqueci o Felix.
  4. Um dos fatos acima é mentira.

27 de mar. de 2008

Level 5

Por que nossa sociedade tem que ser assim? Quer dizer, por que eu tenho que ser assim? E por que eu tenho que botar toda a culpa na sociedade? Se fosse mesmo culpa dela, todos se encontrariam na minha situação. Não é o caso. Mas quem seja seja culpa da sociedade sim. Bem, pelo menos um pouco.
Desde pequena, assistindo Branca de Neve (com cenas extremamente assustadoras, devo dizer, mas meu filme preferido dos 3 aos 8 anos, quando fiquei sabendo da existência de Hilary Duff e seus lindos filmes de teenage romance, que não tinham cenas assustadoras. Pelo menos não tão assustadoras quanto a cena em que a Branca de Neve se perde na floresta fugindo do caçador e acaba desmaiando rodeada de árvores realmente assustadoras) e esperando o dia em que eu encontraria meu príncipe encantado; até os tempos atuais, onde faço leitura de livros sobre as tragédias da vida feminina em geral, principalmente sobre a tragédia que envolve a busca desesperada da protagonista por um namorado (a protagonista pode ter sido abandonada pelo marido logo após o nascimento da filha deles, ou pode ter sido abandonada pelo namorado porque era drogada, ou é claro, pode ter ido a uma cartomante, que lhe disse que em dentro de um ano ela estaria casada, o que, é claro, fez com que ela prestasse muito mais atenção aos homens ao seu redor e se perguntasse se algum deles tinha mesmo chance de ser o pai de seus filhos).
Onde Veva estaria tentando chegar com toda essa história?! Bem, estou apenas querendo dizer para vocês, fiéis leitores, que chegamos hoje ao record de adorei seu blogs, com uma quantia total de, hmm, dois que eu simplesmente cansei de ser assim, de depender/querer/adorar tanto ter um namorado. Por que eu não posso simplesmente viver minha vida sem me preocupar com o que os Allans da vida pensam de mim? Por que eu sinto tanta necessidade de ter alguém em quem pensar antes de dormir? Por que na minha cabeça eu só vou esquecer o Felix quando encontrar outra pessoa? Ou, vejam só, por que será que se essa pessoa me decepcionar eu, em vez de procurar outra pessoa, vou voltar a pensar no Felix? That's a secret I'll never tell. You know you love me. xoxo, Gossip Girl. Desejo fortemente que alguma alma nobre queira me ajudar a entender essas coisas. Ou quem sabe eu é que deva simplesmente parar de pensar nelas.
O negócio é que, para falar bem a verdade, acho que já estou evoluindo dessa minha fase. É que eu simplesmente não consegui entendê-la, sabe? Mas, graças a ajuda dos meus vizinhos (que têm caras extremamente engraçadinhas e que alugam filmes e vêm assistí-los em meu lar, eliminando despesas locadorísticas e deixando apenas os gastos pipoquísticos por minha conta), da minha família (que sempre esteve comigo e que, de certa maneira, sempre me ajudaram, ou pelo menos tentaram me ajudar. Meu Deus estou me sentindo uma Britney da vida discursando após ganhar o prêmio de melhor cantora no TEENS CHOICE AWARDS, que coisa mais podre), da prática da chamada Dança do Tapete (que me faz sentir capaz de fazer alguma coisa, afinal ultimamente, nem escrever tenho conseguido), da Regina Spektor (que fez músicas realmente adequadas para meninas-tristes-porque-querem-namorados-e-porque-na-ver-
dade-não-querem-depender-de-um-namorado cantarem no chuveiro), das minhas amigas (que, num dia extremamente depressivo resolveram fazer cartazes e aparecer na porta da minha casa, uma noite muito linda que resultou em miojos crus, coceiras por termos rolado na grama do vizinho, uma competição de quem gospe mais longe, etc, afinal somos prisioneiras de HOOLIGANS.! - a prisão perpétua) e é claro, do meu teacher que eu amo demaiiss (HIHIHI Mentira, quantas vezes vou ter que repetir que eu odeio esse homem?!), posso dizer que estou recuperated da minha fase de meninas-tristes-porque-querem-namorados-e-porque-na-ver-
dade-não-querem-depender-de-um-namorado.
Espero agora o momento certo para entrar na fase menina-feliz-mesmo-sem-namorado-o-que-lhe-permite-arranjar
-um, ou seja, menina-feliz-com-namorado.



13 de mar. de 2008

Catching Up

Tá bom, eu não recebi muitos adorei seu blogs, mas quem sabe mesmo assim eu deva parar de me lamentar. Quem sabe eu deva parar de pensar que o problema são os outros e perceber que eu é que sou o problema. Que sou eu que escolho passar a maior parte do meu tempo criticando meu professor de inglês, ou procurando alguém que queira me ouvir tirando sarro do meu professor de inglês, ou tendo ataques de nervos pensando no meu professor de inglês na sala de aula em vez de prestar atenção no que os outros professores falam. Quem sabe eu deva parar de me isolar e esperar que alguém venha até mim e me pergunte o que está me incomodando. Afinal se alguém me perguntar isso eu vou começar a criticar meu professor de inglês e quando eu começo, eu não consigo mais parar.
Eu não consigo entender direito o porque dessa raiva tão intensa. Ele já me dava aula o ano passado mas não parecia me incomodar tanto quanto me incomoda agora. A aula dele sempre foi cansativa e tudo mais, mas não existia tamanha implicância. O fato dele ter uma voz enjoada e dele ser magro demais não me incomodavam. Só que ao passar do tempo ele começou a meio que me ignorar nas aulas dele, a falar na minha frente para os outros professores quando me encontrava fora da aula "o quanto essa menina é esquisita" e dando risadinhas depois. Foi então que eu comecei a perceber algumas coisas. Coisas como o fato dele usar aparelho. Não que eu tenha alguma coisa contra pessoas que usam aparelho, mas ele já tem lá pelos 28 anos, ACHO, e usa aparelho. Isso começou a formar uma implicância tão grande em mim que fui achando mais razões para não gostar dele. Fui começando a perceber mais do que antes que ele faz piadinhas sem graça com freqüencia na aula e que ele é o único que ri delas. Fui começando a perceber que, logo após essas piadinhas e suas risadinhas solitárias, ele fala "Ok, let's continue" como se toda a sala estivesse rindo da piada dele também e que ele já não tivesse mais controle da situação. Fui começando a ter implicância também da barbichinha dele, que é uma coooisa, e daquele cabelo, que é aquele aquele típico cabelo que parece que está grudado na cabeça, do qual eu poderia tirar sarro fazendo piadinhas super legais do tipo "a vaca lambeu seu cabelo?!" se ele não fosse meu professor e se essa expressão existisse em inglês.
"Hello, lovely english teacher, did the cow lick your hair today? It looks great!"
O pior de tudo, é que eu tenho uma hora e meia de aula com ele na segunda, uma hora e meia de aula com ele na terça, uma hora e meia na quarta, E UMA HORA E MEIA NA QUINTA. É realmente um bocado desagradável. Mas bom, se minha mãe estivesse lendo tudo isso ela provavelmente diria alguma coisa como "meu deus minha filha, você tem que mudar de assunto um pouco, e quando eu falo isso, não é para você começar a falar sobre o seu primeiro encontro com o Felix, quando vocês foram no McDonald's e estava chovendo e expulsaram vocês do restaurante só porque vocês invadiram uma festa infantil e começaram a roubar balões e vocês tiveram que ficar andando pela chuva. Essa história eu já sei de cor, e também, você tem que esquecer esse menino". Eu já esqueci ele, mas relembrar nossos momentos felizes é a coisa mais legal a se fazer quando a opção criticar-professor-de-inglês é eliminada.
Quem sabe esses assuntos chatos sejam a razão pela qual eu estou tão isolada do mundo ultimamente, e quem sabe eu deva tentar voltar a ser uma pessoa normal. Mas como? Como resisitir aos vários tipos de piadinhas que podem ser feitas sobre meu professor ou aos tantos detalhes legais do me namoro com o Felix? Eis a questão.
  • Para eliminar Teacher Fernando, ligue para
    0 800 4512 8895
  • Para eliminar Felix Boyeaux, ligue para
    0800 4512 8896

    E não se esqueçam que a doação de adorei seu blogs ainda está aberta, ajudem Giovana a ter uma vida livre de lamentações.


  • 5 de mar. de 2008

    Re: Ch Ch Ch Ch Changes

    É, fazia tempo que eu não escrevia nada. Pelo menos não aqui. Acho que por falta de tempo, ou de inspiração, ou de vontade, ou até por tinha meio que me esquecido da existência deste blog. Ou quem sabe foi porque eu sabia que quando eu voltasse para escrever alguma coisa, meu post acabaria sendo uma lista de razões pelas quais estive ausente, eu estando afim de obter o perdão de meus fãs ao redor do mundo. Bem, fãs, espero que eu esteja perdoada. HAHAHA, sou uma gracinha.
    Bom, o que eu teria para dizer... Já estou recuperada do tombo, é, aquele lá proporcionado por nosso amigo besouro, e acho que agora nada de ruim me acontecerá, afinal eu e minha família, que vinha sendo atingida por curiosas tragédias -meu pai atropelado, minha mãe e seus ataques de stress assustadores, meu irmão e sua operação no joelho, eu caindo da escada por causa de um besouro-, fomos visitar uma freira, amiga da minha avó Neusa que nos abençoou e nos garantiu que tudo isso iria acabar. Fora isso, bem, as mudanças que eu estava esperando em minha vida ainda não aconteceram. Eu ainda cismo em dormir de edredom todas as noites, o que não me permite dormir por causa do calor; eu não me inscrevi em nenhum curso de italiano, ou de teatro, ou de fotografia; eu continuo passando condicionador na raiz do meu cabelo, continuo esquecendo de me inscrever para as aulas de reforço e é calaro, continuo querendo um namorado
    desesperadamente.

    Acho que o que mudou é que, desde que caí da escada, a prática da dança do tapete foi meio que, hmmm, abandonada, mas que mesmo assim ultimamente tenho recebido muitos "MEU DEUS MENINA COMO VOCÊ ESTÁ MAGRA" de pessoas que me abraçam ou pegam na minha cintura (como minhas amigas extremamente carinhosas, lembremos que Giovana Feix não está nem perto de ter um namorado) e muitos remédios para anemia de minha mãe, que anda me achando muito amarela. Agora vocês se perguntam o que o meu pai - A.K.A Veve- está achando de tudo isso... nenhum esporte + alimentação não saudável = atitude ABOMINÁVEL para Veve, que, vejam só que bacana, é atleta. Me diga Jesus, quem merece ter pai atleta? Não que eu não goste dele, é a parte atleta que não me agrada tanto assim. É que eu, bem, não sou muito chegada em esportes, e isso encomoda muito ele, e o fato disso encomodar ele me encomoda, então meu lar se torna insuportável meio incômodo de vez em quando.
    Ahh, acho que estou meio sem o que dizer, para ficar falando mal do Veve, afinal ultimamente estamos nos dando bem e ele, em vez de me criticar, está cuidando de mim, me fazendo comer feijão e brócolis (ou seria espinafre? hmm, é verde e possui ferro), tudo isso muito carinhosamente.
    Acho então que é isso, minha vida não está cheia de novidades, coisas legais e inesperadas, festas de aniversário ou namorados -na verdade se tivesse um namorado já estaria bom. A única coisa que fiz de diferente esse fim de semana foi assistir Bonequinha de Luxo e ficar me achando a Audrey Hepburn depois.
    Acho que vou ter acabar cortando meu cabelo, porque as mudanças que eu queria parecem infelizmente não estar nem perto de se realizarem...

    Doe um adorei seu blog e ajude Giovana a parar de se lamentar

    21 de fev. de 2008

    Nazaré Me Empurrou

    Tudo bem, eu estava pedindo para alguma coisa de diferente acontecer na minha vida. Mas podia ser um diferente mais, digamos, normal, não podia?! Podia ser alguma coisa como uma ida ao shopping para encontrar minha alma gêmea ou alguma outra coisa legal. Mas não, tinha que ser isso.
    La estava eu, ainda de uniforme, sentada em minha cadeira assistindo a videos de Regina Spektor no youtube. A verdade é que ontem passei a maior parte do meu tempo assistindo a videos dela, fosse no youtube ou não. Mas bom, vamos ao ponto. Enquanto eu ouvia Regina cantar Ghost Of Corporate Future, comecei a ouvir outro barulho. Era algo parecido com zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz, o que indicava grande perigo, havia um inseto no meu quarto. Desliguei o som e sai em busca do animal, tomando muito cuidado, é claro. Era um besouro gigante e nojento que se fingia de santo paradinho em minha janela. Eu, que obviamente não sou burra, me escondi, tirei um tênis e, esquecendo completamente que minha mira não é das melhores, joguei nele. Como você deve ter adivinhado, não acertei, e o besouro voou para um local mais confortavel. Foi então que resolvi agir, verdadeiramente.
    "RAFAEEEEEEEEEEEEEL VEM AQUIIII POR FAVOOOOOOOOOR" gritei o mais alto que pude.
    Não houve resposta alguma. "RAFAEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELL!", gritei de novo.
    Ou ele não ouviu, ou ele estava ocupado demais assistindo futebol. Fui até o quarto de meus pais e la estava ele, deitado, ocupado demais assistindo Big Brother, e não futebol, vejam so, ele não é tão-previsivel-assim. "Rafael pelo amor de Deus venha matar um bixo gigante que ta la no meu quarto" eu lhe pedi.
    "Ja vou, Giovana. Agora estou assistindo aqui". O QUE? ENTÃO ELE PREFERIA VER A VIDA DE OUTRAS PESSOAS DO QUE SALVAR A MINHA? Eu continuei ali de pé, e pretendia ficar ali até ele se levantar e eliminar aquela criatura monstruosa que estava se achando dona do meu quarto. Mas ele não levantou. Resolvi descer, ainda com apenas um pé de sapato no pé, e pedir auxilio a meu pai. Mas ele e minha mãe estavam ocupados demais assistindo um filme. Foi então que uma otima idéia me veio à cabeça: eu poderia, é claro, abrir a janela e fazer com que o besouro fosse embora, eu tinha varias ferramentas que me ajudariam, como cadernos de matematica, botas que não cabem mais em mim, o travesseiro do meu irmão, cartas do Felix e outras coisas-que-não-têm-importância. Mas o destino não quis que fosse assim.
    Eu estava subindo as escadas, quem sabe preocupada demais com o besouro que poderia sair do meu quarto e voar até a escada e me comer e não me preocupando muito com o fato de eu estar subindo escadas de marmore extremamente escorregadio com apenas um pé de tênis, quando aconteceu. Eu estava quase chegando ao segundo andar, quando escorreguei. Escorreguei e cai. Cai de costas e sai rolando escada abaixo, tentando me segurar em alguma coisa mas obviamente não conseguindo. Eu achava que ia morrer, meu Deus. Mas graças à camada de celulite que ha um mês me encomodava realmente um bocado, não quebrei nada e ainda estou viva, afinal, cai de bunda no chão. E agora não consigo andar. Meus cotovelos, meus dedinhos do pé, minhas pernas e, é claro, minha bunda estão doendo intensamente, o que quer dizer que não fui à escola, o que quer dizer que rolar escada abaixo quem sabe não é tão ruim assim. Ou quem sabe seja. O mais curioso é que quando finalmente consegui subir as escadas e entrar em meu quarto, ele não estava mais la. Mas eu ainda vou achar aquele besouro. Não que eu goste dele ou nada do gênero, é apenas para poder finalmente mata-lo. Ou pedir para meu pai mata-lo. Besouro desgraçado.

    18 de fev. de 2008

    "Ch Ch Ch Ch Changes"

  • A chamada depressão-de-volta-às-aulas foi curada, senhoras e senhores, e hoje cá estou eu, feliz por poder vos contar que voltei a ser uma menina feliz e saltitante que sabe exatamente quem é, e cuja cabeça não está cheia de dúvidas do tipo "meu Deus, o que vim fazer neste mundo".
  • Minha mãe está se sentindo muito melhor, já está conseguindo fazer várias coisas legais, já foi ao supermercado, já foi ao shopping com meu irmão para comprar um presente para sua namorada (do meu irmão, é claro) (meu Deus, não consigo nem acreditar que acabei de dizer isso), já se estressou comigo só porque ando acordando todos os dias de bom humor e passo o dia inteiro cantando no ouvido dela, e é claro, o mais importante, já costurou minhas pantufas. Agora posso muito bem ir ao hospital com elas, não haverá mais rastro de algodão algum.
  • Meus avós foram para a praia e ao voltarem, trouxeram meu lindo tapete de dança (que eu nem tive que pedir, vejam só! Se bem que, se eu tivesse mesmo que ter pedido, meu tapete ainda estaria lá na praia. Não que eu não quisesse meu tapete de volta ou nada assim, é só porque eu tenho uma mania de lembrar de pedir coisas, ou de fazer coisas, ou de fazer qualquer outra coisa com as coisas, quando já é tarde demais), que será utilizado para fins, bem, "esportivos" por mim a partir de amanhã de manhã.
  • Hoje, pela primeira vez em minha longa vida, fui realmente muito corajosa e andei a cavalo. Eu sei que não é lá tão interessante, mas eu realmente fiquei orgulhosa de mim mesma e realizada, porque andar a cavalo até que é uma coisa legalzinha, se você ignorar as rabadas que leva e o medo que te dá quando ele olha para trás, mesmo o objetivo dele sendo espantar uma mosca e não demonstrar que está brabo com você.
  • Hmm, acabou o horário de verão.
  • BEM, por hoje é isto, eu acho. Mas nem fiquem felizinhos, mais mudanças estão por vir. E não, eu não vou cortar meu cabelo.

    14 de fev. de 2008

    Crises na vida de uma delinqüente juvenil II

    Há um grande problema. Um problema envolvendo volta às aulas e Giovana Feix -a.k.a eu. Um problema que acabou de ser descoberto, mas que vem me perturbando há alguns anos. Um problema que -pelo menos esse ano- eu não consigo entender direito.
    Em todas as outras voltas às aulas, esse sentimento de meu-deus-eu-sou-um-nada-não-sei-o-que-fazer-da-minha-vida-e-não-aguento-mais-esse-mundo podia ter várias razões. Podia ser porque eu tinha de ir para a escola sem falar francês e por ter de fingir que eu era muda, podia ser porque eu me apaixonara pela primeira vez, ou é claro, podia ser o clássico, podia ser aquela história toda de "Acabei de entrar na escola, não conheço ninguém, sou tímida e ningúem quer falar comigo". Essas são razões para sentir depressão-de-volta-às-aulas. Mas pensemos sobre minha vida atual. Tudo bem que meu irmão é um pé no saco, que meu pai está sempre estressado, que minha mãe está doente e que eu estou solteira faz um tempinho. Eu tenho amigas. Amigas que podem até rir das minhas narinas que mexem quando eu rio e que podem até ficar com nojo impressionadas ao ver como meu cabelo fica se eu não lavá-lo por um mísero dia. Mas elas são minhas amigas. E por ter elas, eu não deveria me sentir assim.
    Mas então por que eu me sinto?! Por que eu não consigo mais escrever?! Por que eu não consigo dormir de noite?! (Tá bom, vou admitir que eu só não consigo dormir de noite porque está muito quente e eu não consigo dormir sem edredom, mas bem, eu tinha que encontrar mais uma pergunta para fazer um efeito de suspense no texto. )
    No começo do ano letivo 2006/2007, eu estava me sentindo assim. Mas eu conseguia encontrar razões, ahh, eu conseguia encontrar muitas razões, eis a prova:

    im on a depressed mood today. im sick of things being the way they are. im sick of going to school (even though i dont think im the only one). im sick of my dad always yelling at everything. im sick of my history teacher, ive been having history classes almost everyday since my portuguese teacher got sick. im sick of marylène, she is even worse then hannah. im sick of playing rugby, its too hard for me, i prefere soccer. im sick of having so many doubts in my head and being so confused. im sick of being in 4eme 4. im sick of people making fun of me and not accepting me the way i am. im sick of myself. im sick of complaning. im sick of being so pessimistic. im sick of having to feel these horrible pains once a month (it feels so bad to think ill have them for the rest of my LIFE). im sick of my days being all the same. everyday i wake up, get dressed, eat breakfast,brush my teeth, go to school, count the minutes for class to end, eat disgusting canteen food, go to class, count minutes for class to end again, go home, stay on the computer, do homework, eat, shower, sleep.and then i wake up, get dressed, eat breakfast....well, everything starts aaall over again. its REALLY boring. im sick! im rly sick! of everything! in french class today (unfortunatetly, i had 2 hours of M BROSSEL), i almost fell asleep and i kept talking to eva karina during the 2 hours. shes rly nice, i actually like her.but when she was talking to her friend jotte, or whatever her name is, i couldnt stop thinking about moouse! i mean, not in a depressed way, i was just wondering if maybe he liked me back or something. and tomato and his friend made fun of me and my accent in french, and i was sitting on my own, and i wanted to disappear,i didnt want any of that in my life anymore. not m brossel, not mouse, not marylène, not tomato, not his stupid friends, not school, i wanted PEACE. really, i cant stand it anymore. i need a hug.

    Era dia 3 de outubro quando eu postei esse texto em meu fotolog. Eu me lembro direitinho do quanto eu me senti melhor depois de escrevê-lo, e principalmente depois de ler um comentário que dizia:

    the one who wants to give you a hug. disse em 15/10/06 18:11

    i feel the same way you do, really. When i was reading what you wrote, i just couldn't stop thinking about my life. they're just the same, our lives, our problems, our doubts...You are a good writer. I wish i could write the same way you do. But actually it's not a problem, 'cause reading your words is even better than trying to write mine.Don't you stop posting, never!Thank you so much, for all that you've writen.Hugs,the one who feel the same way you do.


    Só queria poder saber o que está me encomodando tanto, só queria poder ter alguém que pudesse me dizer coisas tão boazinhas como essa pessoa, essa pessoa que eu nem conheço, mas que me fez sentir tão melhor. Só queria parar com essas minhas neuras e aproveitar a minha vida, queria que alguma coisa interessante acontecesse para que eu pudesse parar de escrever textos desesperados sobre como voltas às aulas me prejudicam. Mal consigo acreditar que terei de terminar esse post com a palavra FRESNO.

    11 de fev. de 2008

    "you go back to her and I go back to..."

    Vejamos, o que podemos dizer sobre a chamada Volta Às Aulas?! Eu diria que é um dia realmente lindo. Um dia onde milhares de estudantes de todo o nosso lindo Brasil, após um longo e agradável período da vida onde todos são livres para viver chamado férias, regressam a estabelecimentos chamados escolas, aonde reencontram coleguinhas e matam saudades de bondosos professores e de matérias super interessantes.
    Mas bem, para mim a Volta Às Aulas não foi bem assim. Não que tenha sido um dia chato, ou que eu não tenha achado realmente divertido reencontrar todos os meus coleguinhas - grande parte estava bronzeada e não parava de falar sobre as lindas aventuras que viveram durante as férias- e professores -que se apresentavam novamente e não paravam de falar sobre regras escolares e sobre como cadernos devem ser organizados-, que eu não tenha adorado receber apostilas e agendas novas e não tenha sido prazeroso copiar o horário das aulas nelas. Mas Meu Deus, a volta às aulas esse ano foi um choque para mim. Foi o retorno à minha linda rotina, foi o retorno ao mundo onde seu pai ter dificuldade para te acordar ao meio dia não é uma coisa normal, ao mundo onde as pessoas tiram sarro de você porque a camiseta do seu uniforme é grande demais, ao mundo onde ser amiga dos inspetores e das mulheres que limpam o banheiro não é coisa de gente normal e, bem, onde arranjar um namorado parece estar fora de cogitação.
    Ah, não estou com tanta vontade de escrever assim e também não vou ficar aqui reclamando, então vou apenas colocar um vídeo feliz para que todos fiquem de bom humor, fazendo com que não tenham tempo de sentir pena de mim e meu retorno ao mundo real.

    7 de fev. de 2008

    Texto Ruim & Clichê, Me Perdoe Por Ter Uma Vida Tão Chata

    Hmm, como posso dizer, dia 2 não... não foi bem uma revolução. Quero dizer, eu acordei cedo e andei de bicicleta e tudo mais, mas foi meio que um dia extraordinário no meio de outros não-tão-extraordinários-assim, outros dias onde acordo ao meio dia e passo o dia inteiro na frente do computador. Outros dias iguaizinhos a hoje. Ou quem sabe até um pouco melhores.
    Hoje acordei ao meio dia e fui almoçar de pijama. Lá estava meu irmão, comendo rápido para não chegar atrasado à fisioterapia, minha mãe, que ainda está de repouso por causa da síndrome do pânico, meu pai, me perguntando se aquilo era hora de acordar, e minha avó, rabugentinha como sempre, comendo panquecas e ovo mexido, uma linda combinação se você quer saber. Sentei-me à mesa, minha cara amassada e meu cabelo oleoso. Comi em silêncio, enquanto minha avó repetia 5 vezes a mesma piada e se perguntava por que ninguém ria e meu irmão imitava o tique nervoso dela olhando para mim.
    Depois do almoço fiquei assistindo TV com minha mãe - Globo Esporte, Vídeo Show...- e quando começou Coração de Estudante decidi subir tomar banho. Subi as escadas rapidamente e liguei meu computador, para, bem, ver se ninguém tinha me deixado um scrap legalzinho no orkut -mesmo sabendo que ninguém teria me deixado scrap algum, como sempre, e que eu ia acabar passando tempo demais fuçando no orkut de pessoas que eu nem conheço direito e que aparentam ter vidas muito mais legais do que a minha. Passei muito tempo no orkut, e então me lembrei da existência do Facebook, um lindo website onde pessoas me mandam recados de verdade e por onde fico sabendo de tudo o que meu ex anda fazendo. Aah, o Facebook.
    Quando minha página inicial abriu, vi que tinha duas mensagens novas, e fui lê-las, ansiosa. Eram duas mensagens de minha amiga, com 19 fotos anexadas. Meu Deus, como aquilo me fez chorar. Num instante, todo o tempo que nós duas tínhamos passado juntas me veio à cabeça, e eu me senti horrível. Me senti horrível porque eu tinha mudado tanto, porque eu não me sinto bem todos os dias aqui no Brasil como eu me sentia lá na França, por causa da saudade da minha amiga, porque ela estava precisando de mim assim como eu estava precisando dela, e porque eu não fazia a mínima idéia -ainda não faço, na verdade- de quando nós íamos poder nos ver de novo. Tranquei a porta do meu quarto e botei uma música alta -Goo Goo Dolls, veja que ótima idéia-, entrei no chuveiro e não conseguia parar de chorar. Parece uma coisa tão ridícula quando eu escrevo, mas, nossa, eu estava me sentindo horrível. Só queria estar lá, com ela, com todos os meus amigos, só queria que tudo pudesse ser como antes, porque ó céus, minha vida é horrível, tudo dá errado para mim, eu odeio morar nesse país. Saí do banho chorando, me vesti chorando e me acalmei enquanto secava os cabelos e sentia o cheiro de sabonete de minhas mãos.
    Foi então que me sentei em minha cadeira e li a mensagem de minha amiga de novo. Me fazia sentir tão bem saber que existia uma pessoa, não importa o quão longe estivesse, que me conhece tão bem e que é tão parecida comigo, que me manda vídeos bobinhos no youtube quando estou triste e para quem eu podia contar tudo... Fiquei pensando em como eu podia interpretar aquela mensagem de dois jeitos tão diferentes e do nada, do nada mesmo, me lembrei de um blog que eu adorava visitar quando morava na França, http://photilde.skyrock.com/.
    Entrei nesse blog e li um texto que me fez querer, realmente, fazer uma revolução na minha vida. Resolvi usar meus dons lingüísticos para traduzi-lo e compartilhá-lo convosco:

    Imagine que você ganhou um concurso cujo prêmio é o seguinte: cada manhã,um banco abrirá para você uma conta de R$86400. Como todo jogo, esse também tem regras, que são:

  • todo o dinheiro que você não gasta durante o dia é retirado da conta, sem que você possa botá-lo em uma outra conta ou qualquer coisa assim, mas todas as manhãs você vai receber R$86400.
  • o banco tem um direito de interromper esse jogo sem avisar, a qualquer momento. O que você faria se você ganhasse realmente um concurso como esse?! Obviamente você deve querer usar todo o dinheiro desse "banho mágico" para agradar a você, para agradar a sua família, a seus amigos...
    Voltemos à realidade, onde jamais existiria um concurso assim. mas esse "banco mágico", todos nós temos, é o tempo! Todos os dias, quando acordamos, recebemos 86400segundos de vida para nosso dia, e quando nos deitamos à noite, o tempo que não aproveitamos será perdido para sempre... Todas as manhãs essa magia recomeça, nós ganhamos mais 86400 segundos de vida, e vivemos com uma regra: o banco pode fechar nossa conta a qualquer hora, sem avisar. A qualquer momento, nossa vida pode acabar. Então o que nós fazemos com nossos 86400 segundos de vida diários?! Não seriam segundos de vida mais importantes que reais?! Então temos de viver todos esses segundos, oferecendo alegria, proporcionando sorrisos às pessoas com quem convivemos e aproveitando todos os dias esses tantos momentos únicos...

  • 2 de fev. de 2008

    Nova Era

    Esta manhã meu acordar foi proporcionado por um agradável friozinho nos pés, já que as duas meias pretas de bolinhas brancas que eu tinha calçado antes de me deitar na noite anterior não estavam mais lá. A luz do sol entrava por uma frestinha na persiana,que mesmo sendo minúscula fez com que eu não conseguisse mais dormir. Levantei e fui até o banheiro, lavei o rosto, escovei o dente, entre outros, e abri a porta do meu quarto. Encontrei meu pai de pé no corredor olhando para mim com cara de espanto. "Você está doente, menina?! São oito horas da manhã." "Pior é que estou doente sim", lhe respondi, meio que chocada com o horário, com uma voz ainda mais rouca do que que a minha linda voz matinal habitualmente é, "será que tem algum remédio para dor de garganta?". Meu pai me deu um remédio e eu decidi voltar a dormir. Fechei a persiana direitinho para que meu quarto ficasse escuro, botei minhas meias -uma estava entre o edredom e o lençol e a outra caída no chão- e me enrolei no edredom. Não sei se era por causa do meu nariz ardendo e do meu olho lacrimejando, se era por causa do gosto de remédio na minha boca, por causa do calor que eu passava enrolada naquele edredom ou por causa do frio que eu passava se o tirasse, mas eu não conseguia dormir. Às 8h30, me levantei e desci falar com meu pai. "Pai, não consigo mais dormir", disse a ele, que estava prestando mais atenção à TV do que a mim. Fiquei em pé na frente da televisão, fazendo com que ele me desse atenção e escutasse o que eu estava lhe dizendo. "Que tal a gente sair e comprar umas flores para a mãe?!" (Minha mãe, que semana passada tinha tido um ataque de estresse, teve mais um quinta-feira, foi para o hospital e descobriu que estava com síndrome do pânico. Desde então eu tento fazer coisinhas legais -como cartinhas em baixo da porta de manhã, café na cama todos os dias, aluguel de filmes água-com-açúcar, etc- para ela não se estressar, afinal o problema dela são esses ataques, quando ela não consegue respirar e o corpo inteiro começa a formigar, e ela começa a ficar com medo de morrer, o que faz com que o ataque piore ainda mais) Meu pai olhou para mim e sorriu, levantou e disse "Vai se trocar então que a gente vai na floricultura". Pus uma calça jeans que estava jogada na minha cadeira e uma camiseta branca, prendi meu cabelo e olhei minha cara inchada. "Uau, você acordou cedo mesmo. Quem sabe este seja o começo de uma nova era."
    Desci e fui com meu pai para a floricultura. Vou admitir que fiquei com um pouquinho de sono no carro, mas bom, também não sou de ferro, eram nove horas da manhã, pelo amor de Deus. Compramos um girassol, que é a flor preferida da minha mãe, e voltamos para casa bem rápido. Puzemos pão, queijo, presunto, iogurte, vitamina, sucrilhos e leite numa bandeja e levamos para o quarto dela, junto com a flor, é claro. Ela acordou de bom humor e até passou o dia fora do quarto. Mas a verdadeira revolução do dia, senhoras e senhores, não foi ela, fui eu.
    Não só acordei às 8 horas da manhã, como também resolvi cuidar de minhas celulitinhas, finalmente. Quando estava em BC, dissera que, ao chegar em Curitiba, ia praticar a dança do tapete todos os dias e logo após, daria 3 voltas de bicicleta na Colônia Japonesa (?), o que até hoje não havia sido realizado por duas razões:
  • esqueci meu tapete no apartamento do meu avô em BC
  • tenho uma preguiça realmente grande de pegar a chave do cadeado da minha bicicleta, pegá-la, levá-la até a rua e é claro, de andar nela
    MAS, senhoras e senhores, como eu havia pensado antes, hoje foi o começo de uma nova era, e eu, do nada, peguei a chave do cadeado da minha bicicleta, peguei ela, levei ela até a rua e é claro, andei nela. Mas não dei só 3 voltas na quadra. Eu dei quinze. Vejam só que orgulho. Não quero nem pensar em como minhas pernas vão estar amanhã, só quero pensar no orgulho que o meu pai deve estar sentindo de mim. Afinal, não é todo dia que uma sedentária corcunda consegue dar 15 voltas de bicicleta em sua quadra. Principalmente quando ela -a quadra- é cheia de subidas, descidas e coisas do gênero -ex: lombadas, que são realmente assustadoras. Acho que acompanhada pela playlist Parapapapa... do meu iPod eu consigo fazer -quase- qualquer coisa.

    que o espírito de natal carnaval invada seu coração e lhe proporcione lindas revoluções como a minha
  • 26 de jan. de 2008

    TPM & pantufas do Pooh

    Eu não queria escrever um texto reclamando da minha vida, falando que eu ando muito estranha ultimamente e que apreciaria uma ajudinha -afinal após ler esse livro comecei a tentar parar de pensar em coisas ruins o tempo inteiro-, mas vou te contar, sou uma linda garota que às vezes -raramente- não consegue ver nada de bom em sua vida, e, peço perdão aos meus lindos fãs do mundo todo que passaram tanto tempo esperando por minha grande volta, mas hoje eu vou ter que dar uma reclamadinha. Não que minha vida seja horrível ou qualquer coisa assim, mas às vezes eu simplesmente me recuso a olhar para as coisas boas que me acontecem. Não sei se essas situações são proporcionadas por hormônios ou por carência, mas suponho que neste momento, sejam os dois.
    Uma semana atrás, creio eu, graças a um lindo acontecimento mensal da vida feminina, eu resolvi me isolar do mundo.

    Imaginem só que coisa bacana, eu passando a madrugada editando fotos minhas no Photoshop, tentando fazer com que alguma fique bonita. Mas não adiantava, mesmo se eu achasse uma foto bonitinha, eu pegava e estragava a foto botando um efeito podre. Então, depois de um grande trabalho em vão, depois de trocar minha foto do Orkut pela quinta vez, resolvi enganar meus amiguinhos, colocando uma foto de minha avó -com quem me pareço muito- em meu lindo perfil.


    Eu comecei a passar meu tempo fazendo coisas totalmente inúteis, a comer um pacote de biscoito recheado por tarde e a ter alguns problemas com as pessoas que convivo -ou melhor, com quem deveria conviver. A cada vez que meu irmão -que operou o joelho faz uma semana- me chamava, fosse para buscar gelo ou para lhe dar seu remédio, eu me estressava, dizia que nossos pais tinham comprado as muletas para ele se mexer e pegar as coisas ele mesmo -o que é uma mentira, a gente já tinha muletas em casa, afinal meu pai foi atropelado há 4 meses, agora ele está bem obrigada-, que eu não vivia para fazer as coisas para ele. Ou quando alguém vinha falar comigo, fosse no msn ou no Orkut, eu deixava de lado, inventava que estava com sono, doente, que estava lendo ou qualquer outra desculpa retardada que você possa pensar. Quando meus vizinhos vinham me chamar para brincar lá fora, as desculpas eram ainda piores, afinal são férias de verão e não posso falar que estou fazendo tarefa.
    Tudo isso, que, como já disse, fora proporcionado por algo denominado Tensão Pré-Menstrual, proporcionou a carência, que acabou me fazendo sentir pena de mim mesma, sozinha neste mundo cruel, o que me deixou mais mau-humorada -ou seria pior-humorada?!- e estranha, mas que me fez querer parar de me isolar do mundo. Então resolvi sair e fazer alguma coisa, vejamos que maravilha, seria minha primeira saída de casa em 4 dias, seria realmente muito legal. Seria. Depois de lavar meus cabelos, escolher uma roupa legal e secar meus cabelos, liguei para a primeira amiga. Ela não atendeu. Tudo bem, as outras atenderiam. A segunda também não atendeu. Nem a terceira. Nem nenhuma outra, eu acabei desistindo na quinta. Lá fui eu, com meu lindo cabelo brilhoso, minha roupa legal e minhas pantufas do ursinho Pooh, em direção a sala de TV. Depois de dois episódios de Ugly Betty, um de Gilmore Girls e um de The O.C., meu pai começou a gritar da cozinha. "Levanta daí, menina, vai lá correndo chamar seu irmão que sua mãe está passando mal." Eu obedeci, afinal ele tinha meio que me assustado com essa história da minha mãe estar passando mal, e acabei nem me dando conta que fui para fora de cassa de pantufas. Atravessei a rua e toquei a campainha da casa da namorada de meu irmão -É ISSO AÍ, ENQUANTO EU E MEU NAMORADO TERMINAMOS PORQUE EU MORO NO BRASIL E ELE NA FRANÇA, A NAMORADA DO MEU IRMÃO MORA NA CASA DA FRENTE, puta mundo injusto, meo-, contei a ele o que acontecera e fomos os dois para casa, eu correndo e ele o mais rápido que podia com suas muletas. Quanto chegamos, meu pai já estava trancando a porta de casa e nos dizendo para entrar no carro. Pai, eu estou de PANTUFAS, eu quis dizer, mas dada a situação eu achei melhor ficar quieta. Fomos até um posto na estrada, onde minha mãe, que não estava sentindo os braços, as pernas ou a orelha, rezava desesperadamente, sendo que ela estava com falta de ar, com falta de ar e rezando em voz alta, veja só que ótima idéia. Levamos ela ao hospital, e enquanto ela era atendida, eu e meu irmão sentamos na sala de espera criticando as pessoas que estavam ali em francês -afinal a gente chegou ali e não tinha lugar, e quem disse que alguém resolveu ser educado e ceder o lugar para o meu pobre irmão de muletas?!- e relembrando músicas velhas. É claro que todas as pessoas simpáticas da sala de espera estavam olhando para mim, observando minha linda pantufa e pensando em como eles iriam contar para os amigos depois -"Ei, você não vai acreditar. Eu estava no hospital na sala de espera, quando entra uma menina toda arrumada, e usando pantufas do ursinho Pooh! No hospital! E uma estava rasgada atrás, dava para ver todo o algodão, dava até a impressão que ia cair e que ela ia deixar um rastro de algodão para trás, HAHAHAHA, rastro de algodão.".
    Depois desse episódio horrível de minha vida, depois que descobri que minha mãe não tinha nada, estava somente estressada, me dei conta do quanto a minha família é importante para mim. Mentira, na verdade eu só me dei conta disso agora que eu escrevi. Vou descer la na sala e passar um tempinho com eles.
    Puts já é uma da manhã, eles já estão dormindo e tenho certeza que quando estavam lá embaixo se perguntaram "Por que será que a Giovana está se isolando do mundo?!". Mal sabem eles da minha linda conclusão, mal sabem eles que amanhã vou por um ponto final nessa história de isolamento.