4 de jan. de 2008

VINTE E SEIS GRAUS (Férias)


TERCA FEIRA, 01/01/08 - BOLINHAS ALEATORIAS

Coisas que têm me mantido entretida desde que cheguei a BC:
  • comer, mesmo eu estando comendo tão rapido ultimamente que acabo nem sentindo o gosto dos alimentos;
  • dormir excessivamente e bocejar pelo menos 17 vezes a cada uma das 10 horas que passo acordada;
  • leitura descontrolada de livros, mesmo eles me fazendo sentir deprimida por não ter absolutamente nada de interessante acontecendo na minha vida;
  • conversas comigo mesma que fazem o Veve me comparar a uma velha de 70 anos que fala com os gatos - mas eu nem tenho gatos, o que torna a situação ainda pior;
  • pensamentos típicos de fim/começo de ano: o-que-fiz, o-que-deveria-ter-feito-e-não-fiz, o-que-fiz-e-não-deveria-ter-feito no ano que passou, e listas imaginarias de coisas a fazer em 2008, como apagar a palavra “solteiro” do meu perfil do orkut;
  • banhos demorados ao som da coletânia que eu fiz para o verão, composta por: John Mayer, Feist, 1990s, The Cure, Jackson 5, The Go! Team, entre outros;
  • horas sentada sozinha no sofa, olhando para o meu reflexo na TV desligada e dizendo todas as falas do Orlando Bloom e da Kirsten Dunst no filme Tudo Acontece em Elizabethtown, o que, como as conversas comigo mesma, atrai comentariozinhos bobos da família, mas que me deixa realmente feliz por alguma razão inexplicável;
  • horas sentada sozinha na cama de noite, com pouca luz ao som dos roncos da minha avo fazendo listas bobinhas em vez de ir dormir para ir para a praia cedo no dia seguinte;
  • caminhadas até a casa do meu grandpa-who-has-no-hair (que fazem com que eu possa até dizer que faço algum exercicio), aonde posso entrar no meu orkut e ver que realmente, ninguém me deixou nenhum scrap além daqueles que dizem "Giovana, olha esse video, parece você!Hahaha!", quando na verdade querem nos transmitir AIDS e coisas do gênero;
  • tardes na praia observando à minha volta e querendo desesperadamente escrever, sendo que quando chego em casa a inspiração já foi embora;
  • cultivo de medos dos quais já me tinha esquecido, como o de ventiladores de teto -que podem cair a qualquer momento e te contar em inúmeros pedacinhos- e o de peixes e outras criaturas marinhas que estejam no mar quando vou me refrescar;
  • abandono das manias de FRESNO e palavras em ENGLISH, afinal, ano novo, manias novas!

    QUINTA FEIRA, 03/01/08 - SKINNY GIRL GONE FAT

    No fundo, eu sabia que isso ia acontecer, mais cedo ou mais tarde. Quem sabe mais tarde do que cedo. Mas eu não esperava por isso no meio das minhas férias de verão, logo agora que eu estava me achando magrinha por ter entrado num jeans tamanho 34 e por estar andando até o outro lado da praia, onde se encontra o apartamento do meu avô, quase todos os dias. Mas então, vamos ao ponto: lá estava eu, sentada no meio da praça de alimentação. Eu estava realmente muito faceira com minha aquisição -Sex and the City, mesmo se a razão de eu ter ido ao shopping era comprar o terceiro livro da série Gossip Girl, que, como já deve ter sido constatado, eu não encontrei- e saboreava umas batatinhas do McDonald's. Estava vestindo um shortinho vermelho e minha camiseta evolution, meu cabelo preso pra trás com um arquinho amarelo, imagine só que gracinha. Enquanto meu irmão lia para meu pai o que estava escrito no papelzinho que forrava sua bandeja, olhei para minhas pernas. Não acreditei no que vi. Eu, a modelo da familia, aquela que foi sempre um palito, mesmo sem comer salada e atacando pacotes de bolacha todas as tardes, possuía uma quantidade visível de celulite em minha perninha fininha e moreninha. Eu não conseguia acreditar. Tinha certeza de que meu pai ia ficar muito brabo quando visse. Ele é atleta, sempre me alertou sobre a importância de ter uma alimentação saudável, "você é o que você come", blablabla. Mas sempre me alertou principalmente sobre esportes. Ele me critica freqüentemente pelo fato de eu não praticar esporte algum. "Quando você tinha seis anos", ele diz, "era campeã de natação. Agora virou sedentária e ainda por cima corcunda, tudo por causa dessa bosta desse computador". Eu sempre digo pra ele que não fui feita para esforços físicos, e não importa o quanto ele me enchesse a paciência, eu não ia levantar da minha cadeirinha almofadada para praticar esportes. Mas ali na praça de alimentação parecia que a coisa tinha mudado. De repente eu me dei conta de que era verdade, eu tinha que fazer algum esporte, ou começar a cuidar da minha alimentação. Quem sabe até os dois, imagine só que orgulho seria para o meu pai. Eu fiquei ali pensando um pouco, olhando para minha perna e pensando em como eu chegara a este ponto. Acabei me dando conta de que eu não era a única assim, e que quem sabe minha avo estivesse certa ao dizer que “essa juventude esta perdida”. Muitas revistas apontam nossa geração como "Geração Fast Food" e coisas assim, com crianças obesas e corcundas como eu. Ta bom, eu sou apenas corcunda, não sou obesa. E me recuso a dizer "ainda". Tudo bem que eu não gosto de esportes, mas também não tenho tendência para engordar. Mas mesmo assim, a conclusão feita naquela praça de alimentação foi que eu vou fazer alguma coisa, se é que eu queira chegar aos 50 anos diferente da minha avo. Por isso, fiz uma decisão bacana: ao chegar em Curitiba, todos os dias vou praticar a Dança do Tapete por uma hora e depois disto irei dar 3 voltas na Colônia Japonesa de bicicleta. Parece pouco, mas meu Deus, aquelas subidas e descidas matam qualquer um. Ta bom, qualquer um menos o Veve.
    Ahh, eu não devia estar aqui escrevendo sobre exercícios, afinal estou com uma dor HORRIVEL no braço, fiz tanta força hoje que meu braço treme só de levar um copo de Fanta à boca. Tudo isso porque hoje, apos um período de tédio dentro do apartamento 501 do edifício Geórgia, eu, meu irmão e seu amigo Kevin decidimos ir andar de banana boat, sabe, aquela bóia bonitinha, que para mim parece mais um lápis do que uma banana, que é puxada, com umas 9 pessoas em cima, por uma lancha em alto mar. Então. Caminhamos até o fim da praia, onde poderíamos pegar esta bonita bóia. Ao chegarmos lá, fomos informados que banana boats não viram mais, pois agora existe uma lei que proíbe esta proeza. Acabamos pegando uma bóia redonda que era meio semelhante à banana (não em aparência, obviamente), respeitava a lei e não virava. Eu achava que ia ser tudo bem, mas meu Deus, meus braços não estão nada bem. A bóia não fora feita para as pessoas sentarem com as pernas para dentro, como naqueles brinquedos também redondos da Disney que passam por um riozinhos com estatuas de elefantes que jogam água pela tromba e cachoeiras. Não, aquela bóia assassina obrigava todos a por as pernas para fora, e não havia cinto algum, não, você tinha que se segurar com as próprias mãos se não quisesse cair. Então você imagina, eu, que mesmo tendo celulitinhas na perna sou bem levinha, naquela bóia gigante voando quando passávamos por cima das ondas, tive que segurar tão forte naquela bóia que no final da aventura não sentia mais os dedos. Imagina como é que eu vou estar amanhã, meu Deus não quero nem pensar nisso.
    MEU DEUS CONSEGUI ENTRAR NO BLOGGER PELA CONEXÃO DO VIZINHO! Eu estou realmente achando essa onda de conexão Wi-Fi uma beleza.


  • eu praticando esportes com African

    2 comentários:

    let it be disse...

    veve, el me cago de rir com vc.
    vc vai ser uma BIG escritora qndo mosoila.
    (lll';p
    xoxo luaninha .

    let it be disse...

    olha que coisa bonita, eu consegui fazer um coment! haha!
    e o siri era voador veve ? que mico ;p
    vishhhh .
    te amo seu macarrao ;D
    ;**