28 de dez. de 2008

Pé na Bunda

Eu estava pensando seriamente em deixar questões pessoais de lado nesse blog (não só hoje, quem sabe até para sempre), e começar a falar sobre coisas mais superficiais, como o inevitável "o que eu fiz hoje" ou até sobre a minha atual vontade incontrolável de ir ao shopping gastar o dinheiro que eu ganhei de natal. Mas eu acho que essa minha idéia não vai dar muito certo não. Apesar de eu achar extremamente estranha a idéia de um desconhecido simplesmente vir aqui e ler sobre meus sentimentos, eu meio que gosto da idéia de um desconhecido simplesmente vir aqui e ler sobre meus sentimentos. E, se eu deixasse de lado meus problemas -por vezes simples neuras mas, em casos como hoje, problemas pisicológicos que deveriam ser resolvidos-, não sei bem o que seria deste blog, que é meio que minha válvula de escape - HAHA, válvula de escape.
Então, é o seguinte: hoje, meus amigos, estou um bocado nervosa. E a minha mãe também. Ela também está nervosa. Está nervosa porque seu celular perdeu a bateria bem na hora em que receberia uma ligação de sua chefe, e, mesmo hoje sendo domingo, mesmo hoje sendo o último domingo do ano, ela precisava ter atendido.
Já eu, estou nervosa porque, do mesmo jeito que, domingo passado, assistindo Fantástico, eu descobri que dar presentes a alguém faz o ser humano se sentir tão feliz quanto quando ele recebe presentes, eu me lembrei que dar o fora em alguém é quase tão ruim quanto receber um. E olha que eu tenho uma certa experiência em uma destas áreas. Já levei alguns foras, se você quer saber.
Mas, o negócio é que, nas três únicas vezes que eu dei o fora em alguém, o que eu senti depois não foi exatamente o esperado. Quer dizer, quem sabe foi o esperado. Mas foi o esperado com um quê a mais, um quê que eu nunca consegui exatamente descrever. Mas é um quê tão ruim, é um quê tão chato, é um quê tão pentelho, pentelho, pentelho. É como quando você lê um livro para uma criança dormir e ela nem ao menos fecha os olhos para tentar pegar no sono. É como quando você tenta fugir da saudade mas ela cisma em te atormentar. Mas é um sentimento de culpa que cisma em te atormentar. É um sentimento de como-você-é-burra,-meu-Deus,-em-uma-das-poucas-oportunidades-que-tem,-dispensa-o-cara-por-causa-de-um-mísero-detalhe que cisma em te atormentar. É um sentimento de viu,-agora-que-você-deu-um-fora-nele-o-mísero-detalhe-que-antes-te-incomodava-parece-nem-mais-existir que cisma em te atormentar. É um sentimento muito ruim, e muito irritante, que cisma em te atormentar.
Mas estou procurando uma razão que possa justificar minha irritação ultimamente, que pode ocorrer a qualquer hora do dia, e que pode ser causada por qualquer razão idiota na qual você consiga pensar. Não só o fato de dar foras não ser meu ponto forte pode contribuir, podem também outros, como o fato do meu pai ter comido o Bon Gouter de provolone que eu tinha comprado hoje de tarde no mercado ou o da minha mãe não ter entrado na piscina, também hoje de tarde, quando estava muito muito muito quente. Bem, vou ter que admitir, acho que estou passando por uma fase um tanto quanto negra em minha vida. HAHA, hoje estou cheia de lindas expressões. Mas bomm, estou passando por uma fase ruim. Uma fase nervosa. Estou me irritando com tudo, tudo, tudo. Estou virando uma pessoa anti-social. Estou com fome o tempo inteiro, e pareço um bebê chorão. E, além de todas essas maravilhas, acho que estou até ficando gaga. Mas, olha que amor, depois de escrever aqui no blog, na minha válvula de escape, como eu costumo dizer, eu estou me sentindo um pouco melhor.
Vou descer assistir Wall-E. Ah, e resoluções para 2009... essas vão vir em breve. Até que eu tenho bastantinhas! Com certeza agora já tenho mais uma; aprender a dar foras. Isso conta?!

7 de dez. de 2008

Hmm... Talento!?

Bem, não fiz nada de muito significante hoje. Comi miojo no almoço, furei o colchão inflável do meu irmão, derrubei um absorvente na patente e escrevi um texto deprimente no meu blog - não esse que estou escrevendo agora. Esse não é deprimente. Era outro. Era um texto falando sobre o quanto eu estava me sentindo mal, sobre o quanto eu não tinha talento, e no qual também constavam algumas resoluções para o ano de 2009, que - meu Deus você consegue acreditar? - está realmente quase chegando. Mas esse texto deprimente não estava apenas deprimente. Ele estava também extremamente mal-escrito, e, quando eu percebi isso, ele se tornou ainda mais deprimente, o que, bem, me obrigou a tirá-lo do blog.
Resolvi me distrair depois desse terrível acontecimento para não cair nas tentações da tristeza, ohh meu Deus eu sou tão inútil e sem talento, não sei mais o que fazer. Depois de passar algum tempo na frente da televisão, voltei ao computador, e, tentando arranjar algum site aonde eu pudesse hosperdar o meu livro, que está em PDF, para poder colocá-lo aqui (se alguém souber de algum site onde eu possa hospedar esta linda obra de arte, por favor me avise), acabei entrando no GeoCities. O que eu encontrei lá me fez mudar completamente de idéia sobre eu ser inútil e sem talento.
Encontrei arquivos que eu hospedava no GeoCities em 2005, e, apesar de me ter deparado com coisas um tanto quanto embaraçosas (hmmmmmm), também encontrei algumas que me deixaram meio que orgulhosa de mim mesma, como essas charmosas imagens de algumas das minhas antigas ídolas Hilary Duff e Lindsay Lohan que eu editei no Photoshop. Olhar essas imagens me lembrou da sexta série, da minha casa da França, do meu amor pelo Lars, de minha amiga Sabrina, que me acompanhou durante esta charmosa fase de minha vida; e de meus antigos blogs. A verdade é que eu passava mais tempo montando esses blogs, fazendo os templates (escrever essa palavra, não sei direito porque, me faz sentir um pouco idiota, quem sabe por ela ter sido excessivamente usada por mim quando eu tinha 11 anos, ou quem sabe por ela ser realmente meio engraçadinha mesmo. Infelizmente, eu não consigo mais evitar a escrita da palavra template neste ponto da história) e códigos html, do que escrevendo neles. E, meu Deus, como eu gostava de fazer isso. Eu passava noites inteiras fazendo isso (puts, no final das contas, quem sabe a palavra template poderia até ter evitado a adorável repetição da palavra isso que acabamos de presenciar).
Foi por isso que, enquanto olhava meus arquivos no GeoCities, me deu, de certa forma, muita saudade dessa época, e resolvi tentar desenhar com pixelart um cupcake, um bolinho muito muito muito legal que eu estou querendo cozinhar faz tempo, porém por preguiça falta de tempo, ainda não consegui fazer. Mostro agora para vocês o resultado, que, bem, não ficou maravilhoso, mas que será re-aperfeiçoado com o tempo, não sei direito para que fins. Quem sabe só para passar o tempo, afinal estou de férias, e a preguiça de ir ao mercado para comprar os ingredientes de um cupcake de verdade ainda está meio grandinha.